Nesta semana, Aline Zattar ensinou alguns hábitos que precisamos deixar de lado para colocar um fim no julgamento dos corpos
ALINE ZATTAR Publicado em 17/08/2021, às 12h00
Na semana passada, falamos sobre como os gatilhos da gordofobia podem afetar crianças e adolescentes, mas nós sabemos que não só esses públicos sofrem com a opressão pelo corpo perfeito.
Infelizmente, todos nós estamos sujeitos a um apelido, a uma ajuda não solicitada, a uma crítica dissimulada. O preconceito continua latente, seja na família, na roda de amigos, no trabalho, na sociedade, no geral. E nós, enquanto corpos com curvas, precisamos pedir a todo tempo por respeito, empatia e acessibilidade, em ambientes públicos.
Ah, quem nunca escutou um 'você tem o rosto tão bonito, por que não emagrece?', que atire a primeira pedra.
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O que pouquíssimas pessoas sabem é que a sobrepeso não está ligado somente ao excesso de comida ingerida, pois muitos outros fatores podem contribuir, como a falta de sono, fatores socioeconômicos, genética, medicamentos, desequilíbrio hormonal, problemas de saúde mental e até mesmo a poluição do ar.
E é sempre importante lembrar que o corpo gordo não é público, separei três power dicas importantes para você começar hoje a combater a gordofobia.
1. Saúde, beleza e peso não devem ser confundidos
Mesmo que sejamos constantemente bombardeados pela imposição de corpos magros tidos como a perfeição, saiba que isso apenas se trata de uma abordagem preconceituosa para a venda de produtos estéticos.
O ideal é ser saudável, considerando todas as formas e tamanhos! Neste ponto é importante entender e não sermos fiscais do prato alheio.
Evite julgamentos, pois esses geram culpa e não ajudam.
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2. A perda de peso não deve ser comemorada
Sim, pois se elogiamos a perda de peso, estamos elogiando o corpo magro em depreciação do corpo gordo.
Precisamos estar atentos aos gatilhos que podem influenciar outras pessoas ao nosso redor. É importante ser acolhedor e agradável. O respeito tem muito a ver com a neutralidade, e entender que a nossa opinião em relação ao corpo de outra pessoa nem sempre é importante.
O silêncio em relação às mudanças de medidas em corpos alheios evita uma série de consequências e constrangimentos que poderiam levar a resultados drásticos.
Não podemos achar que o comentário sobre a perda de peso de uma pessoa seja recebido sempre sob a forma de um elogio.
Não sabemos se a pessoa passou ou se está passando por algum processo de bulimia ou anorexia. E qualquer comentário pode se tornar tóxico e dar vasão as angústias e dores profundas. O melhor é nos calarmos.
3. O seu corpo não é parâmetro para avaliação de outros
Sabe quando aquela tia magra chega para o almoço de domingo e fica comparando o corpo dela com os outros? Não seja essa tia chata! Ou, não abaixe a cabeça para essa tia chata. É triste como o ego de algumas pessoas possam prejudicar a existência de outras.
Lembre-se que cada caso é um caso, e até mesmo para profissionais da área de saúde não cabe julgar um paciente sem a devida avaliação médica detalhada.
Depois dessas dicas mais que potentes, entenda que você é linda, tem todo o direito a ser feliz e a magreza não está relacionada com as “vitórias de vida”.
Liberte-se de padrões arrogantes e viva a sua plenitude.
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Além de influenciadora digital, modelo, vencedora do miss plus size 2013, Aline Zattar é mãe, linda, inspiradora e é uma mulher que aprendeu a se amar, depois de tantos anos ouvindo que o seu corpo estava fora do padrão
Autoestima e amor-próprio são essenciais para uma vida saudável (mental e fisicamente falando). Por isso, e por tantos outros motivos que vocês descobrirão ao longo do tempo, Aline Zattar é colunista da Máxima Digital.
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