Ela é do tipo mignon - tem 1,54 metro de altura e 44 quilos. Mas é uma gigante quando se trata de correr atrás dos desejos e controlar as rédeas da própria vida. Ainda criança ela começou a traçar a jornada na carreira artística. “Não tenho nenhum exemplo na família, mas costumo dizer que já nasci operária da arte. Felizmente, tive muito apoio dos meus pais para buscar o meu sonho.” A menina graciosa e desenvolta, que despontou nas campanhas publicitárias aos 4 anos, resolveu, aos 12, que queria se profissionalizar. Então mergulhou no universo do teatro.
Com 17 teve a primeira grande oportunidade na TV: foi convidada para integrar o elenco de Malhação (2001), na Globo. Foram cinco anos de contrato com a emissora, estrelando sucessos como O Beijo do Vampiro (2002), Cidade dos Homens (2003), TV Globinho (2003) e Como Uma Onda (2005).
No ano seguinte, recebeu o convite para migrar para a Rede Record, emissora na qual trabalha há mais de uma década. “Fui de coração aberto, vesti a camisa e tive a alegria de receber grandes papéis. É um casamento longo que está dando certo”, diz. Depois de deixar sua marca nas tramas
Cidadão Brasileiro (2006),
Vidas Opostas (2006),
Os Mutantes (2008),
Promessas de Amor (2009),
José do Egito (2013),
Pecado Mortal (2013) e
Vitória (2014), ela brilha na nova grande produção do canal, a novela bíblica
A Terra Prometida. Num bate-papo exclusivo, a atriz contou a MÁXIMA sobre o novo desafio, falou da vida pessoal, da relação com a filha e muito mais.
Fale de sua personagem Jéssica, de A Terra Prometida...
Ela reúne uma porção de características que eu rejeito: ciúme, possessão, impulsividade... É integrante da tribo de Judá e filha de um comerciante rico. Está noiva do Salmon, que é o soldado braço direito do líder da tribo, Josué. Ela não aceita que a prioridade dele seja a guerra e sofre com isso. As coisas pioram quando o noivo conhece Raabe, uma prostituta cananeia, e se envolve com ela. A partir daí, Jéssica vai de mocinha a vilã e fará de tudo para destruir a rival.
Além de atriz dedicada você é uma mãezona, não é?
Súper! Digo que só quando a gente é mãe é que percebe o poder de materializar as palavras e os pensamentos. Eu sempre quis engravidar antes dos 30 anos, e a Violeta veio quando eu tinha 27 e estava noiva. Não foi planejado. Eu e o Marlos (Cruz, com quem foi casada por três anos e se separou em 2013) falávamos muito do desejo de sermos pais. É claro que foi um sustinho! Mas hoje sei que a Violeta, com 5 anos, tinha que chegar para trazer mais sentido à minha vida.
Como é cuidar da Violeta?
Acho que para ser boa mãe tenho que estar plena. Na prática, não é fácil. Preciso dar conta de mil coisas. O pai da Violeta é ótimo, muito carinhoso, mas mora em São Paulo e a estrutura e a correria do dia a dia ficam por minha conta. E que maravilha, porque é diante dos desafios que a gente descobre os nossos potenciais. Digo sem pensar duas vezes: é possível ter uma família feliz ainda que ela não siga o modelo tradicional — com um pai e uma mãe em casa. A criança pode crescer se sentindo amada e amparada dessa forma.
Que aspectos da sua personalidade foram aflorados com a maternidade?
Nunca pensei que eu fosse virar uma leoa. Achava que seria uma mãe tranquila, mas sou superpreocupada com tudo o que envolve a Violeta. A minha proatividade e garra para buscar as coisas ficaram muito maiores. Minha disciplina e organização também se desenvolveram bastante, porque ser mãe exige essas habilidades.
É difícil educar a sua filha?
Brinco que ela já veio ao mundo muito lapidada — educá-la não dá trabalho. Tive muito medo na época da separação. Pensava como a Violeta iria lidar com aquilo tudo. E a verdade é que ela reagiu muito melhor que nós, adultos.
Por que o nome Violeta?
Tem todo um significado espiritual. É uma cor que transforma o negativo em positivo. E o chacra violeta, localizado no topo da cabeça, tem um papel de transmutação e iluminação. Combina muito com a minha filhota!
Você é religiosa?
Não sei se essa é a palavra, pois eu não tenho uma religião específica. Sou espiritualizada. Bebo em várias fontes, sou uma curiosa sobre essa área. O que liga tudo, para mim, é o amor. Acredito em um Deus onipresente, que é o mesmo para todos e representa luz, energia. Acredito também na lei da ação e reação.
Quer se casar novamente?
Quero muito, e logo! Falo todos os dias com Deus, peço para ele agilizar esse processo (risos). Quero ter mais um filho. Tenho uma família muito estruturada, que é o meu modelo e inspiração.
Qual é a característica mais marcante da sua personalidade?
Eu me entrego, me envolvo demais. Hoje, com 32 anos, minha maior conquista (e busca diária) é o equilíbrio. Sou uma pessoa de alianças também. Preciso de pessoas que me incentivem, me inspirem e apoiem. E tenho a alegria de vir acertando muito nas minhas escolhas. Acho que ninguém faz nada sozinho e valorizo muito quem vem para somar.
Algum talento desconhecido?Adoro editar vídeos. Desejo um dia ser diretora, então estou começando devagarinho. Já estou fazendo um monte de coisas para o meu canal do YouTube — Maytê Piragibe. É meu espaço de experimentação. Tenho ele há seis anos. Além de falar da minha carreira, das novelas, produzo tutoriais de maquiagem (um assunto que eu amo), vídeos de editoriais de moda, de bastidores... Quero transformar o meu site
maytepiragibe.com numa espécie de revista digital.
Pelo visto, você é vaidosa. Como se cuida?
Sou, sim! Nunca ando sem um kit de make na bolsa! Para manter a silhueta, tenho uma alimentação saudável, com bastante alimentos orgânicos. Quando a agenda permite, também faço exercícios funcionais e massagens.
O que gosta de fazer num dia livre?
Amo ficar com a minha família e, de preferência, combinar esse momento com muita música, cinema e teatro. Enfim, com qualquer forma de arte.
Tem um sonho que ainda não realizou?
Sim, eu gostaria muito de construir uma carreira internacional.