Rodrigo Sangion ensinou que é possível driblar essas barreiras e melhorar seu físico
Máxima Digital Publicado em 03/08/2021, às 13h00
Conquistar um corpo melhor e atingir um condicionamento físico exemplar não é uma tarefa fácil. Muitos têm esses desejos, mas poucos estão dispostos a fazer o que é preciso para alcançar essa ambiciosa meta ou mesmo lutar contra as barreiras que levam a crer que o objetivo nunca será atingido.
Esses obstáculos, aliás, acabam fazendo com que você desanime e aceite o corpo que não é do seu agrado.
Fique sabendo, porém, que, com força de vontade e estratégia certa, é possível vencer essas barreiras. Rodrigo Sangion, empreendedor do mercado fitness de luxo e educador físico, selecionou alguns dos principais obstáculos que frustram o desejo de melhorar o corpo e indica o caminho a ser percorrido para virar o jogo.
Idade avançada: É fato que a medida que se envelhece, a tendência é perder passa muscular e ganhar gordura. Homens, por exemplo, tendem a incorporar cerca de 3% de gordura ao peso corporal, a cada década, entre 20 e 40 anos. Já as mulheres têm um acréscimo de 5% a cada dez anos.
Em termos gerais, isso ocorre porque o metabolismo (processo de transformação dos alimentos em energia) torna-se cada vez mais lento com o passar dos anos. Portanto, faz sentido dizer que é mais fácil ter um corpo bonito aos 20 do que aos 40 anos.
“Isso, no entanto, não é uma ciência exata. Se alguém que já passou dos quarenta se dedica mais aos exercícios e cuida melhor da alimentação que uma pessoa jovem, é óbvio que ela terá resultados estéticos melhores. Tudo é uma questão de correr atrás do prejuízo”, disse Sangion.
Genética pouco privilegiada: Há pessoas que têm mais facilidade para ganhar músculos. Outras, penam para atingir esse objetivo. Assim como há aqueles que acumulam mais gordura que outros. Isso pode estar relacionado à predisposição genética, ou seja, a constituição física que herdamos de nossos pais.
Por exemplo, quando pai e mãe são obesos, o risco de o herdeiro tomar o mesmo caminho é de 80%. Quando apenas um deles tem essa condição, o risco cai para 40%. Mesmo quando os pais não são obesos, ainda existe um risco de 10%. Nesse caso, consideram-se fatores como alimentação e sedentarismo como agentes principais do problema.
As mulheres, infelizmente, têm ainda contra elas o fato de possuírem 10% a mais de gordura e entre 20% e 40% menos massa muscular que os homens. Se você foi premiado pela genética no mal sentido, vai precisar ser esforçar ainda mais para vencer tal barreira.
“Nesses casos, recomendo a ajuda de um nutricionista ou médico que faça um trabalho com o profissional que o orienta nos exercícios físicos, por mais que você tenha força de vontade. É preciso traçar um programa alimentar e de atividade física que possam vencer a sua genética. Sem atentar contra a sua saúde, preservando sua imunidade, por exemplo, e nocauteando o estresse que tais desafios costumam provocar”, sugeriu o especialista.
Metas ou referências surreais: É comum algumas pessoas usarem como referência de corpo ideal, modelos magérrimos ou fitness. São metas muito ambiciosas de atingir e que provocaram frustração.
Afinal, o modelo de referência pode ter a tal genética privilegiada ou treinar e se alimentar da forma que você não está disposto a fazer. Conclusão: você só não vai ficar igual a ele como também vai se estressar no meio do caminho.
“O importante é você ter ciência do que pode ser melhorado dentro da sua realidade. E sempre é possível fazer algo bacana nesse sentido Você pode não ficar como o modelo de seus sonhos, mas, caso se dedique, vai conseguir ser o melhor modelo de você mesmo. Tudo isso sem gerar frustração, com o bônus de dar um upgrade na autoestima”, orientou.
Falta de regularidade nos treinos: Para alcançar seus objetivos, é preciso manter uma rotina de exercícios físicos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para não ser considerado sedentário é preciso fazer, semanalmente, entre duas horas e meia e cinco horas de exercícios aeróbicos, (corrida ou bicicleta, por exemplo), em uma intensidade pelo menos moderada. Seria o mesmo que exercitar-se entre 20 e 40 minutos diariamente.
Quando a questão é apenas estética, a regularidade nos treinos também é importante. Portanto, não adianta você exercitar-se uma a duas vezes por semana, ainda que siga a receita da OMS. É preciso um pouco mais.
“Recomendo que se treine pelo menos três vezes na semana, em dias intercalados, para que você não passe mais de dois dias sem fazer nada. É o mínimo que se pede em termos de regularidade”, disse Sangion.
E tem mais: quando treinar, procure sempre atingir o seu limite máximo de esforço. Isso é perfeitamente suportável em períodos mais curtos de atividade física (até quarenta minutos), como pregam os estudos sobre intensidade e resultado nos treinos.
Acomodar-se no inverno: O frio traz uma preguiça natural, mas não podemos deixá-la vencer. Sem contar que o frio aumenta o apetite, pois há uma necessidade biológica de aumentar a demanda de energia para manter o corpo aquecido. Além, claro, de nos levar quase sempre para o aconchego do edredom em vez de nos empurrar para a academia.
Esses fatores são fatais para o aumento da gordura corporal. Só que é possível fazer desse limão, uma bela limonada. E basta usar a ciência para isso.
“No frio, o metabolismo também está mais acelerado, o que aumenta o gasto calórico em até 10%, justamente porque é necessário aquecer o corpo. Se usamos isso a nosso favor, fazendo mais exercícios, e selecionando melhor o que comemos, a tendência de emagrecer ou manter o peso é maior”, explicou o especialista.
No mais, praticar exercícios físicos no inverno é muito mais revigorante, pois não há aquela falta de disposição que o calor tende a provocar.
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