Tire suas dúvidas sobre o procedimento que posiciona corretamente os maxilares de quem tem problemas na mordida
Diane Neubüser Publicado em 17/05/2017, às 11h17 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40
A palavra
Cirurgia Ortognática vem do latim, que significa, “orto”, correto, e
maxilares. Visa a promoção do correto posicionamento espacial dos maxilares no
indivíduo. Ela é indicada para, através da
ortodontia, obter uma mordida adequada com estabilidade. Por isso que
muitos pacientes utilizam aparelho ortodôntico e depois “volta” tudo. O
problema não é o dente que está torto, mas sim os maxilares, que
cresceram de forma não harmoniosa: um maior do que o outro. Quando essa
discrepância é pequena entre eles no posicionamento e crescimento, a ortodontia
consegue compensar. Mas quando é maior, fica impossível. Existem
outros fatores... além da mordida adequada, é preciso avaliar se a
respiração é inadequada, se tem apneia obstrutiva do sono, deteorização da
articulação... A estética também está envolvida, mas o principal fator é funcional
e o objetivo é manter uma mordida estável
Existem
algumas pessoas que passam a vida assintomática. E quando começam a
apresentar os sintomas, já houve um dano significativo na articulação e
dentes. Depende muito da deformidade e desarmonia que o paciente tem porque se
a mandíbula é para trás, por exemplo, um dos sintomas pode
ser ronco, apneia, dormir mal, sonolência diruna.... Os sintomas de uma
maneira geral são: zumbido no ouvido, dor na articulação, enxaqueca,
dificuldade para mastigar, estalos na boca e a subida da gengiva. Lembrando que
o paciente jovem por ter uma força adaptiva, pode não sentir muito os
sintomas, mas de qualquer maneira ele estará sentindo danos e quando
chegar na fase mais adulta, já estará colhendo todos os problemas da
falta de tratamento. O que eu mais atendo é retratamento, quando o
paciente não foi orientado e nunca soube desse tipo de
alternativa, se submetendo a diversos outros tratamentos sem
sucesso
Em ambiente hospitalar. Existe um preparo ortodôntico para o alinhamento dos dentes, que demanda de oito meses a um ano e meio para preparação. O paciente fica internado por 24h e vai embora no dia seguinte. Na maioria das vezes, é feito tudo por dentro da boca, não tem dor no pós operatório, mas o paciente não consegue comer tudo que quer. Ele passa por uma restrição alimentar por um período de fortalecimento. Fica na primeira e segunda semana comendo só pastosos com a consistência leve. Depois de três meses, pode comer o que quiser e seis meses depois pode realizar atividade física de contato.
Existe um sistema todo que envolve lábio,
bochecha, língua e dentes chamado sistema
estomatognático (que significa maxilares e boca). Todo ele fica em
desequilíbrio, afetando os relacionados como nuca, parte frontal... Assim,
o paciente fica em desequilíbrio com danos muitas vezes irreversíveis na fala,
mastigação, estética, respiração, dentes e articulações. Cada um deles vai
falhando no resto da vida. No caso da substituição dos dentes
por dentaduras, os mesmos ficarão em dentes mal posicionados com
sobrecarga o que pode levar à perda dental.
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