A radiação emitida por aparelhos eletrônicos pode acelerar o envelhecimento e até agravar o melasma, assim como a luz solar
Máxima Digital Publicado em 09/12/2020, às 17h41 - Atualizado em 26/12/2020, às 18h00
Você já parou para pensar quantas horas seguidas passa em frente ao computador, à TV ou com o celular na mão? Provavelmente muitas. A tecnologia é cada vez mais indispensável em nosso cotidiano, ainda mais nesse momento de pandemia, em que as pessoas têm evitado sair de casa. No entanto, a chamada “luz azul”, emitida por esses aparelhos eletrônicos, pode ser muito prejudicial à pele.
“Assim como a constante exposição ao sol, essa luz causa manchas no rosto e envelhece a pele, porque estimula os níveis de produção de melanina e a pigmentação. O tempo exposto aos celulares, TVs e computadores também pode favorecer o envelhecimento, ou seja, o surgimento de linhas finas e rugas. Essas luzes estimulam a produção de radicais livres”, explica a dermatologista Antonella Murad.
A médica conta que os radicais livres são moléculas instáveis que tendem a se associar de maneira rápida a outras moléculas de carga positiva, com as quais podem reagir ou oxidar, gerando diversos tipos de danos à pele. Ou seja, aquele hábito de usar o celular na cama antes de dormir é um verdadeiro veneno para a cútis e para o sono como um todo.
DOENÇAS DE PELE
Conhecida como poluição eletromagnética, essa luz está relacionada a diversas patologias, como melasma, envelhecimento cutâneo precoce, câncer de pele, eritema, fotodermatoses, e indução de danos ao DNA por processos indiretos. A luz visível é composta por comprimentos de ondas que variam de 400 a 700 nanômetros e podem ser classificadas em cores de acordo com a sua frequência, nas quais as mais curtas se propagam na coloração violeta e aumentam continuamente através das cores azul, verde, amarelo, alaranjado e, por fim, vermelho.
Dessa maneira, a luz azul é considerada como luz visível de alta energia, uma vez que possui comprimentos de ondas próximo a 434 nanômetros.
“A luz azul não é novidade, visto que o sol é responsável por emitir entre 25% a 30% dela. Porém, com a criação do LED, passamos a ter contato praticamente em tempo integral com essa luz azul, o que não é apropriado. As telas de eletroeletrônicos são capazes de emitir 35% dessa luz”, ressalta.
COMO SE PROTEGER
De acordo com a especialista, é importante caprichar na proteção diária da pele. Até mesmo a já conhecida vitamina C, ajuda na proteção contra a luz visível, já que é um potente antioxidante.
“Filtros solares e antioxidantes são os maiores e melhores aliados nesse novo contexto de cuidados com a pele. Enquanto os antioxidantes neutralizam radicais livres, o filtro intensifica a proteção. No entanto, vale lembrar que a vitamina C não substitui os protetores de uso tópico. O melhor é usá-la como uma opção a mais de proteção”, orienta Antonella.
A dermatologista ainda lembra que é necessário procurar um especialista e fazer um exame chamado dermatoscopia. É um exame preventivo de pele, onde se utiliza uma espécie de microscópio de pele que verifica cada sinal da pele, cabelos e unhas.
“O ideal é que esse exame seja feito uma vez ao ano”, conta.
Fica a dica: FILTRO SOLAR DEVE SER USADO EM CASA
Abusar do filtro solar é a regra! O produto deve ser usado até mesmo em casa, já que estamos expostos às radiações ultravioleta A e B, em menor proporção. Mas, mesmo assim elas podem penetrar em ambientes fechados através de portas e janelas, além de refletir nas superfícies. A radiação ultravioleta A, também pode passar através de vidros. Sem contar que em tempos de home office e muitas interações online, estamos ainda mais expostas à luz visível.
“O efeito das luzes visíveis, não é tão alarmante quanto ao do sol. Cerca de 67% dos radicais livres da nossa pele são gerados pelos raios ultravioletas do sol, e 33% são gerados pelas luzes artificiais, mas elas também são responsáveis pelo envelhecimento precoce e pelo aparecimento de manchas, já que alteram a pigmentação da pele”, observa.
Ficar exposto à luz artificial por oito horas, equivale à cerca de um minuto e 20 segundos de exposição solar, em um dia de verão.
“Por isso, os efeitos não são tão desesperadores quanto os causados pelos raios solares, mas isso não quer dizer que você possa evitar os cuidados preventivos. É preciso usar filtro solar, com fator de proteção maior que 30. Use o protetor fora de casa, mas também dentro”, finaliza a médica.
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