Na coluna desta semana, Aline Zattar promove reflexões sobre o cancelamento exacerbado na internet
Já que é pra tombar, tombei...#SQN
Sim, estamos vivendo a era dos tombamentos digitais, onde tribunais são montados a todo tempo para julgarem opiniões, posturas e posicionamentos. Esses mesmos grupos são construídos de acordo com fatos garimpados, reais ou falsos, analisados na base da construção social cancelando o “infrator”, tornando-o excluído da convivência social de suas bolhas, a partir de proferidas as sentenças e os vereditos de “condenados”.
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Atualmente, as pessoas estão vivenciando processos de transformação e reconstrução íntima e o tempo todo estão repensando seus conceitos e preconceitos. O reposicionando de opiniões e ideias, de pessoas comuns ou de formadores de opinião, é cada vez mais frequente nas redes. A partir da não aceitação dessas ideias, nasce a rejeição, crescendo a intolerância e o surgindo o cancelamento.
Os canceladores têm lançado mão da internet para isolarem pessoas ou grupos de pessoas que se opõem às opiniões controversas aos seus grupos, em posturas intolerantes e ações de cancelamentos. Os reis dos tribunais virtuais estão atentos a quaisquer erros cometidos e chegam em seus cavalos possantes para atacar o cancelado e não deixar que os erros sejam esquecidos.
A cultura do cancelamento tem atuado como grande justiceira nas redes sociais, nos últimos anos. Quando uma personalidade ou influenciador é cancelado, no meio digital, significa que ele cometeu algum erro, jamais tolerado. O que muitos esquecem é que tais “infratores", têm suas origens marcadas em vivências diferenciadas e que todos são seres humanos passíveis de erro. E como tal, têm o direito a se redimirem de seus erros.
Na 21ª edição do BBB, Big Brother Brasil, o medo do cancelamento tomou conta do reality show, principalmente por parte das celebridades. E são justamente eles que têm tanto medo do cancelamento, que se tornaram os canceladores implacáveis, invertendo os valores e transformando-se em raivosos julgadores da moral e boa conduta dentro da casa.
Os tombadores não são os donos da verdade! Não vivemos uma realidade de verdades absolutas; as verdades são diversas e cada uma defenderá o seu ponto de vista. A reconstrução no contexto social é urgente e necessária, mas a forma com que o processo será conduzido definirá o sucesso da questão.
Muitas discussões giram em torno de temas sociais como o racismo, preconceitos com classes, xenofobia, homofobia, entre outras intolerâncias. Entre canceladores e cancelados, esperamos discernimento e empatia para que, no caminho, a resolução aconteça sem ruídos e com respeito.
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As realidade são diferentes, cada pessoa vivenciou uma educação, uma experiência, um contexto social e suas verdades. Quem somos nós para sermos juízes do nosso próximo?
Vale a reflexão. Super beijo!
Além de influenciadora digital, modelo, vencedora do miss plus size 2013, Aline Zattar é mãe, linda, inspiradora e é uma mulher que aprendeu a se amar, depois de tantos anos ouvindo que o seu corpo estava fora do padrão
Autoestima e amor-próprio são essenciais para uma vida saudável (mental e fisicamente falando). Por isso, e por tantos outros motivos que vocês descobrirão ao longo do tempo, Aline Zattar é colunista da Máxima Digital.
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