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Liniker é eleita imortal pela Academia de Cultura Brasileira

Liniker é a primeira artista transsexual a ocupar um lugar na Academia e ficara com a cadeira de número 51, que antes era ocupada por Elza Soares

Máxima Digital Publicado em 16/11/2023, às 10h10

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Liniker é eleita imortal pela Academia de Cultura Brasileira - Instagram
Liniker é eleita imortal pela Academia de Cultura Brasileira - Instagram

Na noite da última terça-feira, 14, Liniker ganhou uma cadeira da Academia Brasileira de Cultura (ABC), ela é a primeira artista transsexual a ocupar um lugar da Academia. Ela foi empossada na cadeira de número 51, que antes era ocupada por Elza Soares

Durante seu discurso, a cantora não conteve a emoção e falou sobre a importância de ocupar um lugar na ABC.

"Liniker de Barros Ferreira Campos, brasileira, cantora, compositora, atriz, artista visual, empresária, produtora, 28 anos. IMORTAL pela Academia Brasileira de Cultura. Eu ainda nem sei o que falar com tamanha honraria que recebo", iniciou.

"Assumir esse lugar, a cadeira 51, que foi de Elza Soares nossa eterna voz, no Brasil em que vivemos, com os recortes que perpassam meu corpo, é surreal e gigantesco. Nunca achei que seria possível ser considerada assim, por não imaginar mesmo, por ser distante" disse.

"No meu peito se encontra um certo silêncio preenchido por emoção, por imaginar minha trajetória até aqui, pensando em tudo o que eu já escrevi e ainda escreverei, cantarei, interpretarei, assimilarei e construirei junto à cultura brasileira", acrescentou.

"A minha família, meus amigos, meus amores, meus fãs, a academia brasileira de cultura e toda a minha ancestralidade, obrigada. Isso não é apenas um post numa rede social", falou.

"Aqui vemos a história sendo escrita junto a um mar de novas possibilidades que se abrem para tantas pessoas no Brasil. Nós estamos aqui e nós existimos", concluiu.

Além de Liniker, as artistas Daniela MercuryAlcione, Gloria Pires, Vanessa GiácomoBeth GoulartLuana Xavier, Margareth Menezes, a ministra dos Povos Originários Sônia Guajajara, a ambientalista Juma Xipaia e a escritora Conceição Evaristo, também receberam o título de imortal.