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LGBT / CULTURA

Recife recebe mostra itinerante do Museu das Favelas

Instituição paulistana também chegará às cidades de Salvador e Rio de Janeiro

Ezatamentchy Publicado em 06/05/2024, às 13h12

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Empreendedorismo feminino é um dos temas perenes do Museu - Divulgação
Empreendedorismo feminino é um dos temas perenes do Museu - Divulgação
O paulistano Museu das Favelas anuncia a sua primeira exposição itinerante, a Exposição “Favela em Fluxo". De maio até dezembro, ercorrerá três capitais brasileiras, levando a mostra para o Paço do Frevo (Recife), Solar Ferrão (Salvador), Museu da Maré (Rio de Janeiro), respectivamente, e, por fim, reunindo toda a experiência em São Paulo, na própria sede do Museu, localizado no Palácio dos Campos Elíseos. A primeira será no Recife, com abertura no dia 15/05.
A iniciativa combina experiências artísticas e interativas, convidando o público a uma jornada de trocas culturais e conhecimento sobre o presente para inspirar novas possibilidades de futuros.
"Com a exposição ‘Favela em Fluxo’, o Museu das Favelas abre portas para a democratização cultural, impulsionando o reconhecimento e valorização das expressões artísticas das comunidades brasileiras", afirma a secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, Marília Marton.
A curadoria é formada por Aline Bispo, multiartista visual, ilustradora e curadora independente, Leonardo Moraes, musicista e coordenador de ações de Arte Educação pelo SESC, Rebecca França, historiadora, curadora e diretora de arte, e José Eduardo Ferreira Santos, pesquisador e curador do Acervo da Laje. Entre os artistas confirmados, apresentando trabalhos de destaque, estão: em Recife, Vitória Vatroi, Nomes, Lua Barral, Cigana e Francisco Mesquita; em Salvador, Mila Souza, Uiler Costa Santos, Fernando Queiroz, Zaca Oliveira e Elson Júnior; no Rio de Janeiro, Jade Maria Zimbra, Abarte Junior, Gael Affonso, Wallace Lino e Deize Tigrona; e em São Paulo, Robinho Santana, Janaina Vieira, MC Lalão do TDS, Wadjla Tuany e Mayara Amaral.
Rebecca França conta que a exposição evidencia os fazeres culturais das periferias brasileiras. “Quando entendemos a favela como nosso ponto de partida, ela torna-se nosso território de aquilombamento e sapiência, esse território é guerreiro quando precisa ser um guerreiro, também é o recuo se a luta não é necessária, isso fundamenta a continuidade de vida. Favela é espaço e tempo para construir infâncias comunitárias, coletivas, brincantes, é lugar de resgate dos nossos antecessores, mas também fomento das nossas descendências. Essa exposição trata dessas re(existências), dessas re(apropriações), e de muitas outras”, destaca.
A exposição evidencia obras de vinte artistas de favela e periféricos, proporcionando uma experiência imersiva, apresentando dados importantes sobre as favelas brasileiras e convidando os visitantes a compartilhar ideias sobre os futuros das favelas por meio de ferramentas interativas e debates. O público poderá conhecer a produção artística em variados suportes, como esculturas, vídeos, telas, fotografia, ilustrações e pinturas.   
Para Natália Cunha, diretora do Museu das Favelas, a exposição é uma aliança em prol da transformação social. “Nosso objetivo é desafiar estereótipos e promover o reconhecimento genuíno das potencialidades das favelas, transformando fluxos depreciativos em movimentos de ressignificação e progresso. Juntos, estamos construindo uma nova narrativa, onde o fluxo das favelas se torna a rota primordial para uma cidade mais equitativa e vibrante”, afirma. 
O Museu é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo,
Exposição Favela em Fluxo 
Paço do Frevo | Recife - PE
De 15 de maio a 14 de julho
De terça a sexta, das 10h às 17h
Sábado e Domingo, das 11h às 18h
Entrada: R$10 e R$5 (meia)
Endereço: Praça do Arsenal da Marinha, s.n 
Ingressos antecipados ou diretamente na bilheteria
A entrada é gratuita às terças-feiras.
Por Ezatamentchy