Maquiador e influenciador digital Emerson Damas classificou o caso como racismo cosmético e fez críticas
Redação Publicado em 11/11/2024, às 15h45
No dia 28 de setembro, a influenciadora digital Mari Saad introduziu ao mercado brasileiro sua nova linha de cosméticos, denominada Mascavo, destacando-se pela promessa de produtos de elevada qualidade. Contudo, pouco mais de uma semana após o lançamento, a marca foi alvo de críticas severas devido à limitada gama de tonalidades adequadas para peles negras retintas.
Entre os itens disponibilizados, como contornos, iluminadores em bastão e bronzeadores em pó, houve um consenso de que não atendiam às necessidades das pessoas com pele mais escura.
Em resposta às críticas recebidas, Saad reconheceu a falha e comprometeu-se a lançar novas tonalidades. Entretanto, muitos consumidores argumentaram que a ausência dessas cores não foi um mero descuido, mas sim uma escolha deliberada. "A marca é sua e você decide para quem quer vender", comentou uma seguidora nas redes sociais da influenciadora. Outra crítica reforçou: "Escolher não incluir é excluir."
Apesar dos avanços significativos no setor cosmético, ainda persiste uma dificuldade para que indivíduos com pele preta, especialmente retinta, encontrem produtos adequados ao seu tom. Um exemplo notável ocorreu em 2024, quando a marca norte-americana Youthforia enfrentou polêmica ao lançar uma base cuja fórmula assemelhava-se à tinta guache preta.
Na ocasião, o maquiador Emerson Damas criticou duramente o ocorrido, utilizando o termo "racismo cosmético", cunhado pelo também maquiador e jornalista Tássio Santos.
Emerson Damas recentemente voltou a se pronunciar sobre o incidente envolvendo a Mascavo: "Infelizmente, a situação revela que a indústria da beleza ainda não assimilou plenamente as demandas das peles pretas e retintas. O que Mari Saad classificou como erro reflete uma visão restritiva do mercado e constitui racismo cosmético. Não podemos aceitar linhas de maquiagem que excluam parte significativa da população".
Damas defende que empresas devem investir em pesquisa e desenvolvimento com responsabilidade acrescida, começando pela inclusão de profissionais negros no processo criativo: "É fundamental que tanto os tons quanto as texturas dos produtos sejam concebidos para contemplar a diversidade de peles. Só assim poderemos evitar erros e alcançar uma verdadeira inclusão".
O maquiador também ressalta que produtos para peles negras frequentemente são tratados como um nicho em vez de parte integrante do mercado: "No Brasil, onde somos maioria, é crucial reconhecer essa realidade. Tratar produtos para peles pretas como um extra resulta em lançamentos mal planejados. As marcas precisam projetar suas linhas considerando toda a diversidade desde o início”.
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