Oruam pede desculpas com familiares e fãs após ser liberado de prisão ao pagar fiança

O cantor Oruam recorreu a suas redes sociais nesta quarta-feira, 26, para se desculpar publicamente com seus fãs e familiares após ser detido em flagrante pela polícia. A prisão ocorreu pela manhã, quando as autoridades encontraram em sua residência Yuri Pereira Gonçalves, um indivíduo procurado por sua ligação com uma organização criminosa.

A operação policial foi parte de um cumprimento de mandados de busca e apreensão relacionados a um incidente de disparos em um condomínio localizado em São Paulo. Durante a ação, além do foragido, foram apreendidos uma pistola, munições e um anel.

Oruam, que é filho do notório traficante Marcinho VP, já havia enfrentado problemas legais anteriormente, tendo sido preso na semana passada por dirigir de forma perigosa e sem habilitação. Ele foi liberado após pagar uma fiança no valor de R$ 60 mil.

Em sua declaração na rede social, Oruam expressou seu receio de desapontar aqueles que lhe são próximos. "Tenho medo de decepcionar Deus, meu pai, minha mãe, meus fãs, meus amigos e todos que gostam de mim. Minhas atitudes me trouxeram grandes inimigos, minhas vitórias me encheram de ego; na derrota lembrei da humildade. Peço desculpas somente aos meus fãs e à minha família que hoje eu os decepcionei," escreveu o artista.

‘Lei Anti-Oruam’

Oruam, cujo nome verdadeiro é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno — uma inversão do seu próprio nome — é também conhecido por sua relação familiar com figuras controversas do crime organizado. Seu pai, Marcinho VP, cumpre pena desde 1996 por assassinato, formação de quadrilha e tráfico de drogas, sendo identificado pelo Ministério Público como um dos líderes do Comando Vermelho.

O cantor exibe uma tatuagem em homenagem ao pai e ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

Recentemente, Oruam ganhou destaque no debate político devido à criação da chamada "Lei Anti-Oruam", que visa proibir contratações de artistas que façam apologia ao uso de drogas ou à criminalidade por parte do poder público.