Mulheres que deixaram sua marca no cinema brasileiro
Ivana Guimarães Publicado em 10/12/2019, às 14h00 - Atualizado às 15h00
No último mês, a mando de sua diretoria, a ANCINE (Agência Nacional do Cinema) retirou a divulgação de filmes nacionais de sua sede e site.
De acordo com o assessor de comunicação do órgão, a decisão foi tomada para dar tratamento igualitário as obras, já que não é possível que todas sejam expostas ao mesmo tempo.
Para relembrar produções brasileiras imperdíveis, listamos 5 exemplos de filmes nacionais com mulheres que deixaram sua marca. Confira!
1- Dora (Central do Brasil - 1998)
Dora é uma professora aposentada que escreve cartas para analfabetos, cuja amizade com o menino Josué encantou o mundo.
A brilhante Fernanda Montenegro faz o papel e se tornou a primeira e, até hoje, a única - brasileira indicada ao Oscar.
A atriz coloca uma expressão vocal, corporal e uma sensibilidade única nessa atuação. No início tem um certo cinismo. Ela não manda as cartas. Mas Dora não é uma pessoa má, ela é fruto da sua vivência e têm cicatrizes.
O contato com o menino traz valores, que ela mesma não teve em sua própria vida, mas quer passar para Josué.
Central do Brasil é um filme ainda atual e capaz de emocionar a muitos.
Uma história sobre dor, solidão, amizade, encontros e despedidas.
2- Lisbela (Lisbela e o Prisioneiro - 2003)
A sonhadora Lisbela, interpretada por Débora Falabella, é a filha do delegado de uma cidade do interior pernambucano e está prestes a se casar com um homem que não ama.
A moça é apaixonada pela sétima arte e protagoniza uma das cenas mais fofas dos filmes, ao falar sobre como se sente quando vai ao cinema: ”Antes do filme, se fala baixinho. Adoro essa parte. A luz e o mundo lá fora vão se apagando devagarzinho. Os olhos da gente vão se abrindo. Daqui a pouco não vamos nem mais lembar que estamos aqui.”
Ela conhece o conquistador Leléu, se apaixona e começa a viver do jeito que acredita.
Pontos para a trilha sonora do longa, que é cheia de músicas incríveis, como Espumas ao Vento na voz de Elza Soares e Você não me ensinou a te esquecer, cantada por Caetano Veloso.
3- Hermila/Suely (O Céu de Suely - 2006)
De riso fácil, mas com um semblante de quem não teve uma vida simples, Hermila é uma mulher que volta de São Paulo para sua terra natal, a pequena Iguatu, localizada no interior do Ceará, com um filho pequeno debaixo do braço e a promessa de que o pai da criança a siga, o que não acontece. Com 21 anos, mas aparentando mais, como uma personagem da trama mesmo diz, quando perguntada sobre sua vida na capital, a protagonista expressa: “Minha vida em São Paulo era boa, mas lá tudo era caro. Deu pra mim não.”
O filme começa com uma cena granulada e mergulhada em cores quentes. É um instante breve de alegria; mal começa e já acabou, ficando num passado que se tornará quase idealizado na mente insatisfeita da moça.
Mal cuidada e sozinha, ela volta a morar com a avó e a tia, passando a vender rifas para se sustentar. Para conseguir o dinheiro necessário para abandonar novamente a cidade, ela adota o pseudônimo de Suely e decide rifar a si mesma, oferecendo “uma noite no paraíso” ao ganhador do sorteio.
Limitada por uma sociedade que não lhe abre muitas alternativas, Hermila pode buscar seu céu e sua liberdade eternamente; para onde quer que vá.
4- Priscila (Desenrola - 2011)
Priscila é uma garota de 16 anos interpretada por Olívia Torres, que vai ficar uns dias sozinha em casa pela viagem da mãe, e vê aí a chance de perder a virgindade.
A jovem é tímida, se sente deslocada do restante da sua turma da escola e se apaixona platonicamente por um rapaz que não tem muito a ver com ela.
Ela tem um estilo todo anos 80, tanto de se vestir, quanto nas músicas que ouve e ao longo do filme descobre que não tem problema algum ser do jeito que é.
5- Val (Que horas ela volta? - 2015)
Regina Casé, que está dando um show de atuação como Lurdes na novela Amor de Mãe da TV Globo, marcou a história do cinema brasileiro na pele de Val, no filme de Anna Muylaert.
Na trama, a eterna apresentadora do Esquenta! vive o papel de uma empregada doméstica nordestina que deixou sua cidade natal e uma filha pequena, em busca de emprego na capital paulistana.
Val trabalha para uma família de classe média alta e mora na casa dos patrões. O filme faz um retrato doloroso das relações entre patrão e empregado no Brasil e o que significa ser “quase da família.”
6- Eurides (A Vida Invisível - 2019)
Carol Duarte vive a protagonista da aposta nacional para concorrer a vaga do Oscar 2020 e gera empatia no público ao interpretar a jovem Eurides.
Eurides sonha em ser uma pianista renomada e estudar fora do país, mas vê sua vida ser marcada profundamente ao ser separada da irmã, Guida, ainda adolescente.
A personagem passa a vida procurando Guida e é invisibilizada tanto pela família conservadora, quanto pelo marido machista.
A Vida Invisível fala sobre o significado de ser mulher em suas camadas mais profundas.
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