No podcast Almasculina, Bárbara contou como foi a descoberta
Máxima Digital Publicado em 28/05/2021, às 13h10
Em um bate-papo no podcast Almasculina, Bárbara Paz revelou ser uma pessoa não-binária, ou seja, não se identifica com a separação dos gêneros feminino e masculino.
"Sou uma pessoa inquieta. Uma mulher, um homem, não-binária. Descobri que sou não-binária há pouco tempo. Um amigo meu falou que eu era, e eu acreditei, entendi", contou.
O amigo em questão é Paulo Azevedo, diretor, ator e apresentador. Ele questionou sobre como deveria se referir à Barbara durante sua apresentação.
Bárbara continuou: "Sou uma pensadora, uma diretora, uma cineasta, uma atriz, uma pintora, uma escritora. Nas horas vagas a gente tenta tudo com as mãos, com a cabeça, com o cérebro e com a imaginação. A imaginação precisa estar trabalhando o tempo todo. Então, não sei bem quem eu sou. Se você tiver alguma referência para me dizer quem eu sou, ainda estou em busca. Sou muitas coisas. Sou muitos, muitos, muitas. É difícil dizer quem você é para se apresentar. Sou uma pessoa de fazer o que tenho dentro, o que não é pouco. Arte".
Fazendo uma volta no tempo em sua vida pessoal, Bárbara relembrou o falecimento da mãe quando tinha 17 anos.
"Eu fui o homem da casa. Mesmo sendo criança, eu me sentia responsável por aquilo tudo. Sentia que tinha que cuidar da casa", declarou.
Bárbara falou sobre o início de sua carreira. Aos nove anos, Bárbara iniciou seus trabalhos três anos após a morte do pai, de quem não se lembra fisicamente, apenas pelas histórias contadas.
"Sempre fui muito guri. Sempre tive cabelo curto, fui muito magra, não tinha tênis, eu tinha um kichute. Usava um meião. E eu tinha que usar, pra agradar minha mãe, um vestidinho sempre. Só que eu detestava. Sempre quis agradar muito minha mãe. Então eu era metade menino, metade menina.", contou.
Sobre sua sexualidade, Bárbara falou: "Nunca questionei sobre isso, se é homem, mulher, do que você gosta. Nunca questionei sobre isso. Pra mim, você gosta de pessoas.".
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