Não é preciso seguir uma dieta detox restritiva para manter o organismo saudável. Com algumas ajustes contribuímos para que ele expulse e neutralize as toxinas naturalmente. Comece hoje!
Patrícia Affonso Publicado em 20/11/2017, às 11h00 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40
1. Beba água – não, não é óbvio!
Indispensável para o funcionamento dos sistemas orgânicos, a água favorece a eliminação das toxinas por meio do suor, da urina e das fezes. A medida de dois litros por dia não é exata nem universal. Uma boa dica é ficar de olho na cor do xixi, que deve ser sempre clarinha. Não tem o costume de tomar água? “Tente impulsionar o consumo agregando algum valor ao líquido”, sugere a nutricionista Cynthia Antonaccio (SP). A expert indica a inclusão de ervas como hortelã, rodelas de pepino ou frutas cítricas, pedacinhos de maçã, abacaxi, gengibre... Os chás também ajudam.
2. Invista nos integrais – ponha a farinha branca de lado
Consumidos em demasia devido à grande oferta e praticidade, os carboidratos refinados têm implicações preocupantes à saúde. “Eles reúnem muitas calorias, causam picos de açúcar no sangue e estimulam a liberação da insulina, hormônio que pode levar ao acúmulo de gordura e ao sobrepeso”, diz Joffre Nogueira Filho (SP), clínico geral, especialista em endocrinologia, metabologia e nutrologia. Alimentos, como arroz (integral, agulha, cateto, vermelho e negro) quinoa e amaranto, por sua vez, trazem muitos benefícios. “São fontes importantes de proteínas, fitoquímicos e de fibras solúveis, além de manganês, magnésio, vitaminas B3 e B6 – todos são nutrientes importantes para os processos bioquímicos de detoxificação e para a saúde intestinal”, completa o endocrinologista e nutrólogo Wilmar Accursio* (SP).
3. Capriche nas fibras – elas são faxineiras poderosa
O intestino é um grande aliado quando o assunto é expulsar do corpo aquilo o que ele não precisa. Para isso, é claro, precisa estar funcionando bem. “Se a pessoa não vai ao banheiro com regularidade, o corpo fica mais tempo exposto a toxinas e agressores”, observa Cynthia. São as fibras que ajudam a manter o movimento das alças intestinais e o volume de água ideal para a formação do bolo fecal. Incluir cinco gramas do componente em cada refeição é suficiente para garantir o benefício. Encha a despensa de grãos, frutas, verduras e legumes.
4. Respire – com consciência, pelo menos algumas vezes
A respiração também faz parte do inteligente sistema de purificação do organismo. Na ioga existe um exercício respiratório (pranayama) conhecido como bhāstrika, ou exercício do fole acelerado, muito eficiente para promover a eliminação de toxinas. Para fazê-lo, sente-se confortavelmente, com a coluna ereta e repouse as mãos sob o abdome – para poder sentir sua movimentação. Então, inspire e expire rapidamente, como um cachorrinho, mas pelas narinas. Perceba a barriga se expandir e contrair, rápida e repetidamente. Faça três ciclos de dez respirações, diariamente. “A prática regular desse pranayama aumenta a quantidade de oxigênio circulando no corpo e, por isso, queima calorias, revitaliza os tecidos, tonifica o sistema nervoso central, amplia a taxa metabólica, aumenta a circulação sanguínea, incrementa a capacidade aeróbia e fortalece as paredes do abdome. Além disso, age sobre os outros sistemas de limpeza do corpo (fígado, cólon e rins) por estímulo de massageamento, normalizando as funções dos aparelhos digestório e excretório, fundamentais nos processos de desintoxicação”, aponta o professor de ioga André De Rose (SP). Mas, atenção: gestantes, hipertensos, pessoas com problemas de coração e em recuperação de cirurgias não devem praticar o exercício.
5. Mexa-se – comece de uma vez por todas!
Conforme se movimentam, nossos músculos estimulam a circulação sanguínea e também comprimem os gânglios linfáticos, facilitando a desintoxicação. Portanto, coloque-os em movimento: estique, puxe, dobre, empurre... Simples e efetivas, as torções corporais podem ser feitas até mesmo no ambiente de trabalho, como orienta o professor De Rose. “Sentado, com os pés apoiados no chão, coloque a mão direita sobre o joelho esquerdo. Depois, passe seu braço esquerdo pela parte de trás do encosto da cadeira. Enquanto esvazia os pulmões torça o tronco para a esquerda, procurando olhar para a parede atrás de você”, ensina.
6. Aposte nos probióticos – eles são ótimos guerreiros
Presente em alimentos como iogurtes e leites fermentados, kefir, coalhada e missô (pasta fermentada de soja), eles reúnem bactérias do bem que se mantêm vivas durante o processo de digestão e, ajudam a equilibrar o funcionamento do intestino. “Além disso, os probióticos fortalecem a barreira intestinal. É como um cosmético. Você passa creme na pele para formar uma defesa sob os poros contra agentes agressores. Esses microorganismos formam uma camada protetora para que as sustâncias nocivas que ingerimos e produzimos não entrem em contato com outros órgãos e sistemas”, explica Cynthia. Se tiver dificuldade em consumir os itens citados, saiba que já existem probióticos em forma de cápsulas ou suplemento em pó para ser adicionado às refeições ou bebidas.
7. Maneire nos industrializados – não se deixe seduzir pelas refeições fáceis e rápidas
Você tem o hábito de ler o rótulo dos produtos que coloca no carrinho? Se não, está na hora de mudar isso. Muitas vezes, na lista de ingredientes há uma relação dos quais a gente nunca nem ouviu falar... Nesse caso, melhor buscar outra opção. “Evite alimentos processados e ultraprocessados, cheios de conservantes e corantes, e prefira opções mais simples, que não contêm tanta química”, aconselha a nutricionista Maiara Fidalgo** (SP). Essas versões são facilmente digeridas e oferecem mais nutrientes benéficos ao corpo.
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