Dieta restritiva alterna intervalos de jejum com períodos de alimentação
Laleska Diniz Publicado em 19/12/2022, às 18h30
Apesar de o jejum intermitente ter se tornado popular nos últimos anos como um método para emagrecimento, ele é utilizado há milênios pela humanidade, por motivos religiosos ou, até mesmo, políticos. Essa é uma dieta restritiva em que se alterna intervalos sem comer nada, com períodos de alimentação. Contudo, é permitido consumir água e outras bebidas não calóricas, como chás e café.
Conforme explica a nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia, o objetivo dessa estratégia alimentar é fazer com que o corpo utilize os estoques de gordura. “Geralmente, são indicadas entre 10 e 24 horas de jejum, diariamente ou em alguns dias periodicamente”, acrescenta.
Além da perda de peso, o jejum também tem se mostrado favorável para a saúde. “Em estado de jejum, você consegue diminuir a sua resistência insulínica, vista principalmente nos pré-diabéticos ou diabéticos tipo II. Condição essa vista em toda pessoa com níveis de gorduras acima do ideal”, diz o Dr. Victor Lamônica, otorrinolaringologista e pós-graduado em Medicina Integrativa, Ortomolecular e Medicina Esporte.
Ainda de acordo com o médico, essa prática contribui para reduzir os níveis de colesterol e de triglicérides. Além disso, ajuda a otimizar cognição e raciocínio. Em todos os casos, é importante lembrar que o jejum intermitente deve ser realizado após liberação médica e com acompanhamento de um especialista da saúde. “Os benefícios são individuais, pessoas com o mesmo perfil podem apresentar resultados diferentes”, ressalta a Dra. Marcella Garcez.
O jejum intermitente contribui para a perda de peso quando é bem orientado e acompanhado por médico e/ou nutricionista. Conforme explica a Dra. Marcella Garcez, esse é um método de emagrecimento, na maioria das vezes, rápido e seguro para as pessoas que têm perfil metabólico adaptável ao jejum.
“Muitos estudos foram feitos comparando o jejum intermitente e o emagrecimento. E, sim, o jejum pode favorecer o emagrecimento, pois, além de causar uma restrição ou déficit nas calorias diárias, contribuirá para diminuir a resistência insulínica”, esclarece o Dr. Victor Lamônica.
Segundo ele, quando a insulina está baixa, o organismo utiliza a gordura como fonte de energia. Com isso, ocorre uma redução da porcentagem de gordura total no corpo. “Porém, nem tudo são flores, pois quando comparado o jejum intermitente no processo de emagrecimento versus dietas de baixa caloria com atividade física, os resultados foram bem semelhantes, não havendo superioridade de um método em relação a outro”, esclarece o médico.
Há diferentes formas de realizar esse tipo de dieta. Conforme explica o Dr. Victor Lamônica, o jejum intermitente fisiológico ou calórico é aquele em que não se consome nada que contenha calorias; pode-se ingerir apenas água, café, chás e chimarrão. É um método indicado para os indivíduos que, além dos benefícios do jejum, desejam perder peso.
O jejum intermitente metabólico, por outro lado, é indicado para quem busca os benefícios do jejum, mas não deseja emagrecer. Nele não é consumido alimentos que subam a insulina. Dessa forma, pode-se ingerir apenas gordura, como óleo de coco ou TCM, couve, limão e maracujá.
“O TCM ou MCT, que nada mais é do que um triglicerídeo ou ácido graxo de cadeia média, leva o nome de ‘bulletproof’ quando consumido junto ao café, configurando assim uma bebida que pode ser utilizada no jejum intermitente metabólico”, explica o médico.
Ter atenção com os alimentos que são ingeridos antes do jejum intermitente é fundamental para a saúde. “Devido ao fato de o sistema digestivo ficar em repouso por um longo período, deve-se evitar alimentos que irão dificultar a digestão. Sendo assim, evite os gordurosos, frituras, laticínios, glúten. Os vegetais ou frutas com cascas, por conterem muita fibra, devem ser evitados em abundância”, recomenda o Dr. Victor Lamônica.
O cuidado com alimentação após o jejum é muito importante tanto para repor os nutrientes essenciais para o corpo quanto para garantir que o método irá ajudar no emagrecimento. “O indicado após o jejum são alimentos que vão realmente nutrir seu organismo. E, nesse caso, os alimentos mais saudáveis e nutritivos devem ser priorizados. Entre eles, estão frutas, vegetais, legumes, sementes, carnes de preferência magras e ovos”, indica o Dr. Victor Lamônica.
A Dra. Marcella Garcez alerta que, “se não houver um planejamento e o consumo de calorias for excessivo nos períodos de ingestão alimentar, pode haver ganho de peso e piora de perfil metabólico”. Por isso, a orientação e o acompanhamento de um especialista são fundamentais.
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