Máxima
Busca
Facebook MáximaTwitter MáximaInstagram MáximaGoogle News Máxima

3 dicas para reduzir o uso de telas do seu filho

O uso em excesso pode causar transtornos físicos, mentais e sociais nas crianças

Redação EdiCase Publicado em 10/03/2023, às 18h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Apesar da importância da tecnologia, ela não deve substituir o tempo de afeto e convivência social com seu filho (Imagem: Olga Vladimirova | Shutterstock)
Apesar da importância da tecnologia, ela não deve substituir o tempo de afeto e convivência social com seu filho (Imagem: Olga Vladimirova | Shutterstock)

Com o avanço da tecnologia, cada vez mais pessoas se tornaram reféns e acabaram perdendo o controle entre o uso saudável e excessivo deste recurso. Apesar de ser comum entre pessoas de todas as idades, são as novas gerações que mais sofrem os impactos negativos. Dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil revelam que 89% da população entre 9 a 17 anos estão conectadas, representando 24,3 milhões de crianças e adolescentes. O levantamento realizado em 2019 traz um panorama dos impactos que o uso sem limites pode causar ao desenvolvimento da criança.

Aumento do uso durante a pandemia

Durante o período da pandemia, o uso das telas aumentou consideravelmente, seja para assistir às aulas a distância ou até como forma de distração. Esse uso intenso por crianças e adolescentes, que ainda estão desenvolvendo diferentes estruturas e regiões cerebrais, pode gerar um comportamento alterado pelo excesso de virtualidade – maior irritabilidade e agressividade são as principais mudanças percebidas.

Prejuízos do uso de telas

Sob o lema “Menos telas, mais saúde”, um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), entre 2019 e 2021, alerta para uma série de problemas provocados pela chamada intoxicação digital, que podem ir de transtornos de saúde mental (irritabilidade, ansiedade e depressão) a questões físicas (problemas posturais e musculares devido ao sedentarismo) e sociais, como cyberbullying e exposição à sexualidade precoce e abusos.

Reduzindo o uso de telas

Entenda como propor atividades e criar uma rotina diferenciada com as dicas de Miriam Sales, coordenadora pedagógica da Mind Labempresa que visa mudar a realidade socioeconômica e educacional do Brasil, incluindo a abordagem socioemocional no dia a dia das escolas.

Crianças asiáticas assistindo ao tablet
O uso de telas por crianças deve ser controlado pelos pais (Imagem: suriyachan | Shutterstock)

1. Priorize momentos presenciais

Esteja presente e viva esses momentos com o seu pequeno sem distrações, brinque, ensine, acolha e converse com ele de forma transparente e segura, demonstrando, assim, o equilíbrio entre todas as atividades. Envolva a criança em atividades e brincadeiras que movimentem o corpo e estimulem a liberação de energia. Marque encontros com colegas/família em parques e demonstre a importância de realizar essa troca presencialmente. O contato com a natureza também ajuda a criança a desenvolver novas habilidades.

2. Tenha uma rotina

O equilíbrio e a rotina são superimportantes para o desenvolvimento da criança e é dessa forma que ela passa a entender como é essencial ter disciplina e organização. Assim, ela consegue desempenhar suas atividades com mais facilidade, além de criar um diálogo saudável e tranquilo. Um ótimo recurso para utilizar é a prática nos esportes. Matricule o seu pequeno em alguma atividade física e explore suas habilidades.

Faça combinados/acordos com as crianças sobre o tempo que poderão ficar on-line. Estimule conteúdos mais criativos e educativos. E claro, monitore todos os programas e utilize todas as ferramentas disponíveis nos dispositivos para garantir a segurança, enquanto eles utilizam tablet, smartphone ou televisão.

3. Evite as telas à noite

Com a rotina e uma organização bem-estabelecida, evite que a criança tenha contato com as telas durante o período da noite. Estudos demonstram que a luz azul emitida pelos dispositivos afeta a qualidade do sono. Então, converse e explique que, ao escurecer, esses recursos não serão utilizados. Seja criativo e aproveite muito os livros, os brinquedos e os métodos que podem proporcionar momentos de qualidade e de mais presença e menos ausência.

Esteja presente

É um tanto quanto desafiador manter a criançada fora da tela, já que muitas famílias acabam utilizando esse recurso como forma de distração para o filho, explica a coordenadora. “Nada substitui o contato físico, as memórias e recordações que essa criança terá, além disso, como já mencionado, o uso em excesso prejudica as atividades cognitivas e comportamentais no desenvolvimento infantil. Apesar da importância dessa ajuda virtual, ela não deve substituir o tempo de afeto e convivência social com o seu filho. Não negligencie os momentos de troca entre vocês, utilize os recursos com sabedoria e, o mais importante, esteja sempre presente”, finaliza Miriam.

Por fim, não se culpe se não conseguir fazer tudo isso sempre. Alguns dias serão mais difíceis que outros. Reconhecer e conversar sobre isso é uma chance de reencontrar o ponto ideal da sua família. Ter você por perto já é uma das melhores lembranças que seu filho vai ter deste período.

Por Grazieli Binkowski