Ale Monteiro partiu em defesa de Thais Carla diante de atos gordofóbicos
Máxima Digital Publicado em 07/02/2023, às 19h00
O diretor artístico e ativista dos movimentos contra gordofobia Ale Monteiro comentou sobre a polêmica em relação ao post da influenciadora Thais Carla que viralizou nas redes sociais nos últimos dias.
Tudo começou quando a influenciadora repostou fotos de quando ela fantasiou de "Globeleza", em 2020. A partir daí, passou a circular comentários e fake news que ela seria a nova musa do Carnaval da Globo de verdade. Em seguida, Thais recebeu uma chuva de comentários preconceituosos, entre eles, do deputado Nikolas Ferreiras (PL-MG).
Ale falou sobre a ditadura dos corpos perfeitos do carnaval e criticou a falta de representatividade nas principais festas carnavalescas.
“Há uma devoção pela cultura dos corpos perfeitos no carnaval. Não há para negar que está enraizado essa ideia que reprimi e machuca tantas pessoas, como a Thais Carla, eu e tantas outras pessoas. Enxergo que esse era um momento perfeito para que as empresas envolvidas no carnaval elevassem pessoas gordas como destaques. Porque a Thaís Carla, não é a nova Globobeleza, mas poderia ser e isso não deveria ser motivo de surpresa ou crítica”, ressaltou.
Em uma breve pesquisa sobre as principais musas e destaques em escolas de samba, camarotes e bailes carnavalescos comprova que existe essa padronização de corpos.
“Basta você dar uma olhada em que são os destaques nas principais escolas de samba, camarotes, bailes e festas carnavalescos e vai notar que há um padrão, e que não contemplam mulheres e homens gordos. Ou seja, precisamos urgentemente romper isso. Não dá para aceitar que é isso e pronto. O carnaval precisa ser uma festa de todos”, disse.
No ano passado, Thais lamentou a perseguição nas redes sociais de pessoas que a ofendem somente por conta de seu peso. "Só aumentou (o número de haters). Quanto mais você cresce e é feliz, mais você incomoda as pessoas. Elas não querem aceitar Elas não querem aceitar que você é feliz com o sue próprio corpo. Elas querem que você esteja sempre se moldando a coisas que não existem. Não existe ninguém perfeito. A minha felicidade e jeito de ser cria um questionamento na cabeça das pessoas e, às vezes, gera raiva", afirmou ela.
