Em conversa com Pedro Bial, o humorista disse ter sofrido muito bullyng na infância
Fábio Porchat abriu o coração sobre questões emocionais durante a entrevista no 'Conversa com Bial', programa da TV Globo, na noite desta quarta-feira, 24.
No bate-papo com o jornalista, o humorista fez algumas revelações sobre preconceito, opinião e política.
Porchat criticou a sociedade atual que envolve política e opinião em quase tudo:
"Todo lugar a gente vê opinião, é um negócio de louco. As pessoas estão querendo ‘lacrar’ o tempo inteiro. Nas redes sociais, no programa. Antigamente se lacrava muito em talk show, agora estão lacrando 10h30 da manhã na Fátima, na Luciana Gimenez, na internet. A gente está vendo muita opinião, e o melhor de tudo são as histórias que a gente conta. Opinião política, machismo, feminismo, aborto, Bolsonaro, e o que eu quero é história", disse ele.
O apresentador ainda revelou que sofreu um bullyng excessivo na infância, e, por conta disso, revidava os ataques com preconceito:
"Eu era horrível. Lógico que eu era um adolescente racista, homofóbico, machista, total, contava piadas racistas das piores. É importante que a gente perceba que acabou. Era bom pra mim, pra você, homem branco, hetero. Pro resto da população era uma merda. Fiz brincadeiras que machucaram pessoas, como também fui machucado. Hoje as coisas estão mudando", contou.
Apesar do passado obscuro, Fábio caiu em si e mudou completamente o seu 'eu':
“Eu fui me dando conta, entendendo, ouvindo o que as pessoas têm a dizer. Pode ser que na sua realidade não tenha racismo, não haja pessoas passando fome, mas a do país é outra realidade”.