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Famosos / Sem Papas na Língua

Jornalista da Globo é ovacionada após desabafo sobre goleiro Bruno

A apresentadora considerou desprezível a volta do goleiro Bruno como ídolo em time de futebol

Máxima Digital Publicado em 08/01/2020, às 10h33

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Jessica Senra chamou atenção durante discurso no programa "Bahia Meio Dia" - Instagram
Jessica Senra chamou atenção durante discurso no programa "Bahia Meio Dia" - Instagram

Jessica Senra viralizou nas redes sociais depois que realizou um longo desabafo durante notícia sobre a possível contratação do goleiro Bruno pelo time Fluminense de Feira de Santana. 

A apresentadora TV Bahia, filial da TV Globo, demonstrou indignação ao noticiar que o ex-goleiro, que mandou matar a mulher de seu filho Eliza Samúdio, voltará a atuar em um clube.

"Desejamos e precisamos que pessoas que cometem crimes tenham a possibilidade de refazer suas vidas, mas diante de um crime tão bárbaro, tão cruel, poderíamos tolerar que o feminicida Bruno voltasse à posição de ídolo? Que mensagem mandaríamos à sociedade? Atletas são referências. Contratar para um time de futebol um assassino, um homem que mandou matar a mãe do seu filho, esquartejar, dar o corpo para os cachorros comerem é um desrespeito. É um desrespeito a nós mulheres", começou dizendo. 

A jornalista esclareceu que apoia o retorno de ex-detentos ao trabalho, mas considera desprezível a contratação de um feminicida no esporte: "Deve merecer uma segunda chance. Mas penso que, depois de um crime tão perverso, voltar a ser ídolo, a estar numa posição que lhe confere status de ídolo, é bastante questionável". 

A opinião de Jessica foi apoiada por diversos internautas, que demonstraram admiração e ela continuou a discursar em sua conta no Instagram. Veja:

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Eu acredito na recuperação do ser humano. Acredito que a maioria das pessoas merece outras chances depois que comete erros, porque errar é da essência humana. O perdão é um dos sentimentos mais belos que podemos cultivar. Mas perdoar alguém não significa esquecer o que esse alguém fez nem permitir que esse alguém continue em nossa vida. Perdoar e dar uma nova chance não apaga o que foi feito, não se pode fingir que nada aconteceu. Embora juridicamente o cumprimento de uma pena libera o condenado para seguir sua vida normalmente, é socialmente que precisamos pensar no que toleramos ou não. Nem tudo é apenas questão de lei. Há comportamentos legais que são imorais. Um condenado pode e deve ser ressocializado. Deve merecer uma segunda chance. Mas penso que, depois de um crime tão perverso, voltar a ser ídolo, a estar numa posição que lhe confere status de ídolo, é bastante questionável. Penso que o feminicida deve voltar ao trabalho, mas não no futebol, não como ídolo. Defendo sua ressocialização, mas longe de qualquer torcida. E isso não é a lei que vai decidir. É a sociedade. E se ele tivesse estuprado um bebê? O que os “fãs” diriam? Lembro que há pouco mais de dois anos, jogadores foram flagrados num vídeo masturbando uns aos outros no vestiário de um clube gaúcho. Os quatro jogadores foram dispensados. Seus nomes, inclusive, foram poupados para evitar que eles fossem banidos do futebol. E é bom que fique bem claro: eles não cometeram crime algum, não fizeram nada contra a vontade de ninguém! Mas, absurdamente, a homossexualidade ainda é intolerável no futebol. Ser feminicida é aceitável? O que você pensa disso? #NãoAoFeminicídio

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