A apresentadora comentou sobre a importância de modelos além dos padrões no mundo da moda
Letticia Munniz participou mais um ano do São Paulo Fashion Week e, por mais que seja desgastante a ponte aérea entra a capital paulista e o Rio de Janeiro, a apresentadora faz questão de comparecer ao evento.
A modelo fez uma maratona para desfilar por quatro marcas diferentes e, ao final, deixou um recado: "Muitas outras precisam vir, porque Letticia está cansada. Não tenho tempo mais. Estou no Rio e gravando muito".
"Não acho que eu deveria estar abrindo caminhos, esses caminhos já deveriam estar abertos muito antes, eu sou nova e não acho certo isso estar começando agora", desabafou.
"Tem que ter a mesma quantidade de corpos diversos como de corpos magros não só SPFW, mas nas campanhas. A gente está tendo um retrocesso", continuou.
Letticia falou sobre a distorção dos corpos plus size em comparação aos corpos magros: "Eu conheço modelos plus size - e não é nada pessoal com elas - que são lindas, maravilhosas, minhas amigas, mas que não são gordas. Elas só não são tão magras como as modelos magras, mas estão sendo usadas como 'modelos gordas'".
"São meninas que usam 44, e não podem ser as 'modelos gordas da campanha', porque elas não são gordas. Não podem ser 'as modelos gordas da passarela', elas só não é tão magras quanto as outras", pontuou.
Em meio a ausência de aliadas, a apresentadora falou sobre como sua disponibilidade em desfilar faz o público enxergar essa visibilidade: "Depois que eu saio, que vem toda a repercussão, eu vejo que, independentemente de como andei e a cara que eu fiz, como foi importante e necessário estar ali".
"Isso muda muita coisa, muita gente que sonha em fazer uma cirurgia para mudar de corpo, passa fome para mudar de corpo, é triste todos os dias porque está todos os dias tentando mudar quem é. Elas se sentem andando junto comigo na passarela", explicou.