Tamize conseguiu engravidar depois de oito anos de tentativas
Março é um mês especial. Além de ser celebrado as conquistas das mulheres, também é marcado pela conscientizarão mundial da endometriose.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), estima-se que a doença atinge 15% das mulheres em idade fértil.
Afinal, o que é a endometriose? Ela é caracterizada por acúmulos de mucosa uterina (endométrio) que se formam nas várias partes da cavidade abdominal (ovários, trompas, intestinos, entre outros órgãos), a doença costuma causar desde muitas dores, desconforto, dificuldade para engravidar e até infertilidade.
É possível engravidar tendo endometriose? É sim! E Tamize Ferreira está aí para provar que esse sonho pode se tornar realidade.
Em uma conversa com o Podcast Nós Tentantes, um projeto que busca dar vós para assuntos que são tabus, Tamize contou detalhes de como tudo aconteceu para o episódio "Gravidez natural com endometriose profunda e trombofilias".
Ela foi diagnosticada com endometriose profunda crescendo para o intestino. Os sintomas apareceram desde sua adolescência e ela lidou com a doença por grande parte de sua vida.
Inúmeras barreiras foram ultrapassadas por Tamize, que contou com a ajuda de seu esposo, Jorge Luís Rodrigues Murgas, para alcançar o sonho de engravidar.
Depois de oito anos marcados por frustrações, algumas cirurgias, gestações que não prosperaram e ainda, em meio a tudo isso, o aparecimento de trombofilia hereditária, ela não desistiu e conseguiu vencer.
Em um mês em que teve apenas duas relações sexuais com o esposo, Tamize engravidou naturalmente.
A doutora Luciana Chamié explicou a importância dos exames por imagem na hora do tratamento contra a endometriose.
“Com o diagnóstico por imagem, o médico tem condições de detectar se a paciente realmente é portadora da doença, se o grau da endometriose é leve, moderado ou severo e quais principais estruturas de seu corpo estão comprometidas pelo problema”, explicou.
Dra. Luciana falou sobre a importância de um diagnóstico precoce: “A maioria dos estudos mostra intervalos de tempo entre início dos sintomas e diagnóstico de sete a dez anos ou até mais tempo, sobretudo nos dias atuais em que postergar a gravidez é bem normal”.
A profissional ressaltou a importância de um acompanhamento médico e alertou que cada caso é individual.