A mineira Sabrina Nunes começou a trajetória profissional cortando cana de açúcar. Hoje, com apenas 31 anos, lidera uma empresa que faturou 2,5 milhões em 2016. Conheça essa história de sucesso
Por volta dos 22 anos, resolvi que queria ganhar o meu próprio dinheiro. Embora eu seja do interior de Minas Gerais, a oportunidade de trabalho surgiu no Mato Grosso do Sul, numa usina de cana. A princípio, era para eu atuar no setor administrativo, mas quando cheguei lá a vaga não existia mais. A única possibilidade era cortar cana. Aceitei na hora. A atividade dura e cansativa não me fez desistir, porém eu queria melhorar de vida.
Pesquisei sobre o programa de bolsas de estudos ProUni e fui para o Rio de Janeiro, morar na casa de parentes, em busca de melhores oportunidades. Comecei a cursar engenharia e trabalhar na área de vendas. Ali, descobri minha vocação. Certo dia, li uma matéria sobre e-commerce na qual a entrevistada contava que conseguia tirar um bom dinheiro com uma lojinha online. Foi o estalo de que eu precisava! Com R$ 50, comprei alguns acessórios e criei uma vitrine num site. Um dia, recebi uma proposta para contratar o serviço de e-mail marketing e, assim, alcançar mais pessoas com meus produtos. Apostei todas as minhas fi chas (e economias — R$ 300) nisso. Resultado: na semana seguinte já tinha vendido R$ 3 mil.
Comecei a me engajar, a participar de feiras e faturar ainda mais. Em dois anos larguei o emprego para me dedicar à minha marca, a Francisca Joias Contemporâneas. Não é fácil ser revendedora. Tinha problemas com falta de material de divulgação, reposição de peças, qualidade... Então achei que era hora de dar mais um passo: produzir itens próprios. Hoje, idealizo as peças e conto com parceiros que as confeccionam com exclusividade para a loja. A Francisca Joias possui 13 colaboradores diretos, mais de 600 revendedoras pelo Brasil e fatura, em média, R$ 200 mil por mês. Acho que o pulo do gato para o sucesso é não se render ao amadorismo. Tenha entrada e saída de caixa, seja consciente na hora da compra, não venda fi ado, junte-se a bons parceiros. E, sobretudo, assuma que não dá para ser boa em tudo. É preciso contratar pessoas qualificadas para atender as necessidades da sua marca.