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Comportamento / Denúncia

‘The Acolyte’: Atriz critica Disney por não responder ataques racistas a elenco

A intérprete de Mãe Aniseya na produção foi alvo de comentários racistas e denunciou a falta de apoio da empresa de entretenimento

Isabelly de Lima Publicado em 07/10/2024, às 19h28

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A atriz Jodie Turner-Smith - Divulgação / Disney
A atriz Jodie Turner-Smith - Divulgação / Disney

A atriz Jodie Turner-Smith, que deu vida à personagem Mãe Aniseya na única temporada de "The Acolyte", expressou sua insatisfação com a postura da Disney diante de ataques racistas dirigidos ao elenco. Esses ataques, veiculados principalmente nas redes sociais, não receberam uma resposta pública por parte da empresa, algo que Turner-Smith considera "injusto".

O seriado "The Acolyte" foi lançado no catálogo do Disney+ em junho de 2024 e é ambientado cerca de um século antes dos eventos da trilogia prequela de "Star Wars", a famosa série de fantasia criada por George Lucas. A produção conta com um elenco diversificado, incluindo muitos atores não-brancos, que se tornaram alvos de comentários racistas.

Entre os membros do elenco, Amandla Stenberg, intérprete da personagem Osha, chegou a lançar uma música em resposta aos ataques. Ela também declarou que o encerramento precoce da série após a primeira temporada não foi surpreendente, dado o "vitriol" direcionado aos atores.

Em entrevista à revista Glamour,Turner-Smith destacou o silêncio da Disney como problemático. Segundo ela, é necessário que empresas como tal se manifestem contra comportamentos racistas online. "Eles precisam parar com essa inércia quando as pessoas são alvejadas com racismo na internet. É realmente injusto", afirmou.

A atriz que foi alvo de ataques racistas - Divulgação / Disney

Apoio coporativo

A atriz também mencionou a importância do apoio corporativo na luta contra o racismo:

Seria ótimo se as grandes corporações mostrassem seu apoio e dissessem que isso é inaceitável. Se você age assim, você não é um fã”, segundo a Rolling Stone Brasil.

Turner-Smith ressaltou o impacto econômico das comunidades negras e de outras minorias na indústria do entretenimento: "As pessoas de cor, especialmente os negros, representam uma grande parcela do poder de compra. As empresas podem achar que é mais lucrativo para elas permanecerem em silêncio, mas o uso do termo 'woke' como algo pejorativo é equivocado".

Apesar das críticas, Turner-Smith mantém a esperança de que as percepções mudem com o tempo. Ela acredita que chegará o dia em que a presença de pessoas de cor em propriedades intelectuais criadas por brancos será amplamente aceita: "Nunca vamos parar de participar", concluiu a atriz.