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Transforma Música 2024: Festival celebrará a música Queer brasileira e suas potências

Em sua segunda edição, o festival gratuito acontece em dezembro na Galeria Olido, em São Paulo, com shows, palestras e mais de artistas LGBTQIAPN+

Katharina Brito sob supervisão de Isabelly Lima Publicado em 21/11/2024, às 18h26

O Transforma Música está de volta para sua segunda edição, nos dias 13, 14 e 15 de dezembro, na Galeria Olido, em São Paulo.

O festival, que tem como curadores Ali Prando e Leon Franz, celebra a música queer brasileira, destacando suas múltiplas formas de estranheza e subversão. A programação, completamente gratuita, inclui palestras com figuras importantes do mercado musical, apresentações que mesclam eletrônica, experimentalismo e pós-punk, e uma mostra de videoclipes queer nacionais.

Ali Prando, filósofo e curador do evento, explica que o festival entende o termo "queer" como algo insubordinado e disruptivo:

O Transforma Música entende queer como  insubordinado e disruptivo, obras de arte e comportamentos que perturbam a ordem social e valores estabelecidos. Queer como os sujeitos que imaginam e exigem o que parece revolucionário e impossível, justamente porque o impossível é aquilo que nos é devido”, diz Ali.

Para ele, o Transforma Música vai além de um festival, funcionando como uma plataforma para rediscutir o mercado musical brasileiro sob a perspectiva de artistas LGBTQIAPN+.

Leon Franz, co-curador do evento, reforça essa ideia, destacando a importância de valorizar não só as narrativas, mas também a força estética da comunidade queer.

Esse projeto surge como um ato de insurgência porque valoriza não só as narrativas, mas a força estética da comunidade queer. São maneiras diferentes de sentir e ver o mundo que se expressam em criações artísticas potentes e transgressoras, criando rotas de fuga para além da normatividade", diz Leon.

A Programação

Começando no dia 13 de dezembro com uma série de talks: Às 13h, Helena Vieira discutirá performatividades subversivas e o conceito de "música queer". Às 14h, Fernanda Fiuza abordará a dança na cultura pop, seguida por Natália Mallo e Leon Franz às 15h, debatendo práticas subversivas na arte queer.

O dia continua com apresentações musicais, começando às 19h com L’homme Statue e seu show "RÉVOLUTION", que mistura techno, funk e R&B. Às 20h, "Gang Bang - Tributo ao NoPorn" homenageará Liana Padilha e a cena pop experimental, com performances de artistas como Filipe Catto e Jup do Bairro.

No dia 14, a programação inclui a performance de Viridiana às 15h, com "TRANSFUSÃO", que explora vivências trans em pop eletrônico e moda. Mais tarde, RETRIGGER, GARBO e VOTU apresentam "SONHOS ETÉREOS", um baile punk pós-apocalíptico. A noite conta ainda com apresentações de SASKIA, ALI e Karina Buhr, que trazem sonoridades ruidosas, vanguardistas e explosivas.

O último dia, 15 de dezembro, reserva discussões importantes sobre a cena queer e a música. Camilo Rocha falará sobre o papel do DJ e do remix, enquanto Ive Rubini discutirá o impacto da inteligência artificial na música queer. O festival será encerrado com o live set de Diameyka Odara, às 18h, celebrando a cultura ballroom black queer, seguido por um show de Jonnata Doll e Os Garotos Solventes.

 

Além das apresentações, o Transforma Música conta com a Mostra Queer View, que exibirá videoclipes de artistas LGBTQIAPN+ de todo o Brasil, de 15 de novembro a 15 de dezembro.

Com uma programação diversificada e urgente, o Transforma Música busca não apenas celebrar a arte queer, mas também impulsionar as vozes dissidentes e desafiadoras do cenário musical brasileiro.

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