Em conversa com Monique Curi, a atriz abriu o jogo sobre como enfrenta as pressões estéticas e de como teve a saúde impactada por iss
A pressão diante de mulher não escolhe fama ou endereço. Cleo abriu o coração em uma entrevista para a atriz e apresentadora Monique Curi. No YouTube, a filha de Gloria Pires e Fabio Jrfalou sobre as cobranças estéticas que vem sofrendo por conta do seu corpo nas redes sociais.
“Eu tenho um pouco de distorção quando eu me olho, mas eu tento não depender mais tanto do que eu olho no espelho”, confessou Cleo. A cantora e atriz ainda confessou que é impossível não se abalar diante das críticas desconstrutivas e desnecessárias.
“Isso mexe né? A gente não é uma ilha. Tem gente que romantiza muito isso de que tem que ligar o foda-se. Sim, no final das contas você acaba pensando assim. Isso também é uma realidade, mas outra realidade é que você não é uma ilha, você quer a aprovação das pessoas, você quer o carinho, você quer aceitação.”, pontuou.
Cleo aproveitou para falar sobre sua compulsão alimentar e da Tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune que dificulta a ingestão de certos alimentos.
“E quando eu descobri isso eu já estava num nível de compulsão bem alto e estava recebendo muita porrada. Mas também não queria falar sobre isso, porque eu não queria que as pessoas entendessem que você só engorda porque você não está saudável. Porque não é real isso, mas no meu caso era. E como eu não queria falar sobre isso, eu comecei a me sentir culpada, e a compulsão piorou mais ainda. Enfim, quando eu comecei a tratar a compulsão, fui me cuidando aos poucos, as pessoas começaram a me falar que eu emagreci de uma hora para a outra. Mas, na verdade, foi porque eles viram naquele momento, mas eu já estava num processo há muito tempo”, explicou.
Ainda no vídeo que foi ao ar dentro do quadro Mulheres que se Reinventam, do canal do YouTube de Monique, Cleo comentou sobre o seu processo de entendimento sobre seu corpo e sua visão sobre outros corpos.
"Eu também pensei, poxa, tem várias pessoas que eu acho gatas e que acho sexy, e são gordas. Porque eu tenho que ficar me vendo com essa lente o tempo inteiro, se eu não uso essa lente para os outros? Acho que junto com isso tem muita autocrítica, muita coisa da pressão estética, que acho que a sociedade toda sente, mas para mulher é mais. E não é sobre mim, é sobre todas nós, umas mais, outras menos. Se você está mais próxima do padrão, obviamente você sofre menos sobre isso. Mas de alguma forma também querem que você esteja dentro de uma caixa que esperam de você, porque é o que viram de você, ou o que pensaram de você. Então é tudo assim... desumano, eu acho! Mas eu tenho tratado isso, tenho conversado muito sobre isso. E tenho aceitado os meus processos.”, desabafou.
Por fim, a irmã de Fiuk comentou sobre como lidou com a bulimia por causa da compulsão alimentar e como é o seu tratamento: “Na verdade a minha tinha mais a ver com comer muito, desesperadamente até machucar, e aí chegava a fase que eu vomitava. Depois tinha a fase que eu tomava remédio para ir no banheiro. E também tinha aquela fase que eu achava que seu ficasse três dias sem comer e me exercitando loucamente, eu emagreceria. E eu aprendi muita coisa, estou quebrando muitos paradigmas e muitos tabus dentro da minha cabeça”.