O jogador do PSG acusou outro atleta de fala racista e foi expulso após tapa
No último domingo, 13, Neymar Jr. entrou em campo para jogar o Campeonato Francês e afirmou que foi vítima de racismo em campo pelo o zagueiro espanhol Álvaro González, em partida do PSG contra o Olympique de Marselha.
Na ocasião, o jogador foi expulso após acertar um tapa no adversário. Neymar explicou que ação foi devido à fala racista. O craque falou que aceita a punição, pois deveria ter dado a resposta jogando em campo, mas não conseguiu.
"Ontem (domingo), me revoltei. Fui punido com um vermelho depois de dar um cascudo em quem me ofendeu. Achei que não poderia sair sem fazer nada, porque percebi que os responsáveis não fariam nada. Não perceberam ou ignoravam. Durante o jogo, queria dar a resposta como sempre: jogando futebol. Os fatos mostram que não consegui. Me revoltei ", desabafou o jogador em seus Stories. Ele também explicou que, apesar de entender a rivalidade dos jogadores em campo, acrescentou que "preconceito e intolerância são inaceitáveis".
"Eu sou negro, filho de negro, neto e bisneto de negro. Tenho orgulho e não me vejo diferente de ninguém", ressaltou.
Em seguida, Neymar argumentou que, no caso, queria que os responsáveis pelo jogo. "se posicionassem de modo imparcial" e "entendessem que não cabe tal atitude preconceituosa".
"Refletindo e vendo tanta manifestação quanto ao que ocorreu, fico triste pelo sentimento de ódio que podemos provocar quando no calor do momento nos revoltamos", falando que essa reflexão veio após ter recebido apoio de amigos e fãs
"Nós que estamos envolvidos no entretenimento precisamos refletir. Uma ação levou a uma reação e chegou onde chegou", acrescentou.
"O racismo existe. Existe. Mas temos que dar um basta. Não cabe mais. Chega! O cara foi um tolo, eu também fui por me deixar ser atingido. Eu ainda hoje tenho o privilégio de manter a cabeça erguida, mas todos nós precisamos refletir sobre que nem todos os pretos e brancos podem estar na mesma condição. O dano do confronto pode ser desastroso para ambos os lados. Quer seja preto ou branco. Não quero e não podemos misturar assuntos. Cor de pele não é escolha. Perante Deus somos todos iguais", falou.
"Estar no centro dessa situação ou ignorar um ato racista não vai ajudar. Eu sei. Mas pacificar esse momento 'anti racismo' é obrigação nossa para que o menos privilegiado receba naturalmente sua defesa. Vamos nos encontrar novamente e vai ser do meu jeito: jogando futebol. Você sabe o que falou... eu sei o que fiz! Mais amor no mundo", finalizou.