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LGBT / INTOLERÂNCIA

MP analisa pedido de suspensão do Programa do Ratinho por LGBTfobia

Denúncia contra apresentador envolve supostas falas ofensivas e pedido de suspensão do programa por um ano

Ezatamentchy Publicado em 26/08/2024, às 09h38

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O apresentador teria sugerido que o desfile fosse transferido - Reprodução
O apresentador teria sugerido que o desfile fosse transferido - Reprodução
O Ministério Público de São Paulo recebeu, na sexta-feira (23), um pedido de suspensão do Programa do Ratinho, exibido pelo SBT, devido a supostas declarações LGBTfóbicas feitas pelo apresentador Carlos Roberto Massa, conhecido como Ratinho. A solicitação foi protocolada pelo escritório de advogados do Dr. Ângelo Carbone, em nome do Deputado Estadual Suplente por São Paulo, Agripino Magalhães Júnior.

A denúncia se refere a um episódio do "Jornal Rational", exibido em 23 de junho de 2023, no qual Ratinho teria feito comentários considerados desrespeitosos sobre a Parada LGBTQIA+ realizada na Avenida Paulista, referindo-se ao evento como um "carnaval dos infernos". O apresentador teria sugerido que o desfile fosse transferido para o Sambódromo de São Paulo, para "deixar a Avenida Paulista para as famílias".

Após a repercussão negativa nas redes sociais, Ratinho teria reagido ao vivo, ameaçando expor a folha corrida de Magalhães Júnior caso este continuasse com o processo. A denúncia contra o apresentador inclui acusações de calúnia, difamação, ameaça e LGBTfobia. A defesa alega que as declarações de Ratinho configuram crime, conforme a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2019, que equiparou a LGBTfobia ao crime de racismo, com penas que variam de 1 a 5 anos de prisão.

O pedido encaminhado ao Ministério Público solicita a suspensão do Programa do Ratinho por um ano ou até que a atração se enquadre nas normas legais. Além disso, o documento requer a suspensão do apresentador pelo mesmo período. O Ministério Público agora analisa o caso e determinará os próximos passos, que podem incluir uma ação judicial contra Ratinho.
A situação reacende o debate sobre o respeito à diversidade e a criminalização da LGBTfobia no Brasil, que se tornou o 43º país a penalizar esse tipo de discriminação.

Por Ezatamentchy