Visibilidade é uma das melhores formas de combater a intolerância, diz GLAAD - Reprodução/Instagram
CULTURA

Apoio à igualdade LGBT+ permanece alto nos EUA, aponta estudo

Pesquisa da GLAAD mostra que 80% dos americanos apoiam direitos LGBTQIA+, mas retórica extremista ameaça avanços

Ezatamentchy Publicado em 19/08/2024, às 10h33

O apoio à igualdade de direitos para pessoas queer nos Estados Unidos permanece elevado, com 80% dos norte-americanos expressando suporte, de acordo com o mais recente estudo “Accelerating Acceptance” da GLAAD, divulgado na última quinta-feira (15). No entanto, esse número representa uma ligeira queda em relação ao recorde de 84% registrado no ano passado.

Sarah Kate Ellis, presidente e CEO da GLAAD, atribui a diminuição ao aumento da retórica negativa e às campanhas de desinformação promovidas por políticos e meios de comunicação extremistas. “Esses mesmos legisladores e juízes que atacam direitos como aborto, contracepção e liberdade de expressão, agora direcionam suas táticas de medo e desinformação contra a comunidade LGBTQ+”, escreveu Ellis na introdução do estudo.

 


O estudo também destaca o impacto das mais de 500 propostas legislativas anti-LGBTQIA+ apresentadas em estados norte-americanos neste ano, mesmo que a maioria não se torne lei. Ellis alerta que o debate público sobre os direitos LGBT+ tem consequências reais, apontando um aumento de 19% nos crimes de ódio contra essa comunidade, conforme o relatório mais recente do FBI, incluindo um pico de 35% em crimes contra pessoas transgênero.

Apesar desse cenário desafiador, o estudo revela dados positivos: 95% dos entrevistados não queer acreditam que as escolas devem ser seguras e acolhedoras para todos os jovens, e 91% concordam que pessoas LGBTQ+ devem viver sem medo. Além disso, 82% afirmam que apoiariam um amigo ou familiar que se assumisse como homossexual ou bissexual, e 77% fariam o mesmo por alguém que se declarasse trans ou não binário.

No entanto, menos de 30% dos entrevistados relataram conhecer pessoalmente alguém que seja LGBT+, o que pode influenciar suas percepções. O estudo também aponta que a geração Z LGBTQIA+ reporta maior incidência de discriminação em comparação com gerações anteriores, com 70% dos jovens relatando discriminação com base na identidade de gênero.
 
A GLAAD sugere que a visibilidade na mídia e interações pessoais são as principais formas de combater o preconceito, embora a exposição a conteúdos LGBT+ em publicidade, TV e filmes tenha diminuído ligeiramente em comparação ao ano anterior. A maior influência negativa, segundo o estudo, vem das representações nas redes sociais e na cobertura jornalística.

O estudo foi conduzido online em janeiro de 2024, com uma amostra nacional de 2.511 adultos americanos, e destaca a importância de continuar lutando pela aceitação e igualdade para todas as pessoas, independentemente de sua identidade ou orientação sexual.

Por Ezatamentchy 

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