A presidente da Associação, Byanca Marchiori, estima que, só na capital, mais de 200 pessoas aguardam - Reprodução/Facebook
JUSTIÇA

Defensoria do Tocantins quer garantir direitos trans na Saúde

Não existe um protocolo de saúde pública no Tocantins para encaminhar homens e mulheres trans a tratamento fora do estado

Ezatamentchy Publicado em 04/06/2024, às 14h45

Um direito garantido desde 2008 pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a travestis e transexuais está sendo negligenciado no Tocantins. As demandas de saúde dessa população têm sido ignoradas pelos gestores públicos tanto do estado quanto da capital, Palmas. Para garantir esse atendimento, a Defensoria Pública do Estado ingressou com uma ação civil pública, exigindo que o governo estadual e a prefeitura de Palmas cumpram a determinação que assegura o serviço especializado de processo transexualizador.

Instituído pelo SUS, esse processo assegura atendimento integral a pessoas trans, incluindo acolhimento, uso do nome social, hormonioterapia, cirurgia de adequação do corpo biológico à identidade de gênero e apoio psicológico em todas as etapas. No entanto, nenhuma das redes de saúde pública — estadual ou municipal — possui a estrutura necessária para oferecer esse serviço especializado.

Segundo o defensor público Freddy Alejandro, não existe um protocolo de saúde pública no Tocantins sequer para encaminhar homens e mulheres trans a tratamento fora do estado. Alejandro, que coordena o Núcleo Especializado de Defesa da Saúde da Defensoria, avalia que a omissão em relação a trans e travestis abrange desde a atenção básica até procedimentos mais específicos.
Segundo o defensor público Freddy Alejandro, não existe um protocolo de saúde pública no Tocantins

Em meio à luta por garantia de direitos, surgiu em 2016 a Associação das Travestis e Transexuais do Tocantins, que passou a atuar junto aos órgãos do judiciário, de defesa da saúde e gestores públicos para a implantação do primeiro Ambulatório Estadual Transexualizador. As ações para a implantação, que continuam no papel até hoje, são coordenadas pelo estado através da Superintendência de Políticas de Atenção à Saúde.

A presidente da Associação, Byanca Marchiori, estima que, só na capital, mais de 200 pessoas aguardam algum tipo de serviço de saúde específico vinculado à transexualização. Já a Secretaria de Saúde acredita que são em torno de 400 em todo o Tocantins. Contudo, até o momento, quem precisou realizar algum tipo de cirurgia de média e alta complexidade vinculada ao processo precisou recorrer judicialmente para garantir seu direito, conforme explica Byanca.

Por Ezatamentchy 


Leia também

Tiago Abravanel comemora seu aniversário de 37 anos com festa temática de Halloween


Maya Massafera estreia nas passarelas nacionais em desfile de Gustavo Silvestre


Sofrência! Lucas Pretti aborda término LGBT+ em novo single 'Marlboro"


Diva: Lady Gaga é eleita a celebridade que mais impactou jovens LGBTQIA+


Sandra de Sá aparece seminua em Instagram ao lado da esposa


Cinemateca irá realizar premiére de documentário sobre imprensa LGBT+ no Brasil