Evento definiu ações para o 17 de Maio - Reprodução
EDUCAÇÃO

Educadores pedem ambiente de trabalho livre de LGBTfobia

Educação quer ampliar a pauta de negociações de direitos trabalhistas para trabalhadores LGBT+

Ezatamentchy Publicado em 13/05/2024, às 08h48

Ampliar a pauta de negociações de direitos trabalhistas para trabalhadores LGBT+ é uma das decisões tomadas durante a reunião do Coletivo da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) em Vitória (ES), nos últimos dias 9 e 10. A iniciativa faz parte de uma série de encaminhamentos definidos, que inclui ainda assento no Comitê Nacional de Direitos Humanos. 
 
Keila Simpson, presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transsexuais (Antra), enfatizou a importância da ação coletiva, a necessidade de responsabilidade conjunta na luta pelos direitos LGBT+.
Keila: "avanços que conquistamos até hoje são resultado de ações fortes" (CNTE/Reprodução)
 
Keila compartilhou sua experiência de vida e trajetória no evento, que também contou com visitas a organizações parceiras e a presença de líderes políticos comprometidos com a causa. “É importante compreender que os avanços que conquistamos até hoje são resultado de ações fortes e conjuntas dos sindicatos, dos movimentos sociais, da academia."
 
De acordo com ela, "é fundamental a responsabilização dos diversos segmentos convergentes – sociais e sindicais – na luta pela garantia dos direitos das pessoas LGBT+. Estamos em um novo momento político, porém, ainda em um contexto difícil, e compete a nós, que defendemos a democracia, fortalecê-la".
 
Keila apontou ainda que "o caminho para transformar essa realidade passa também pela formação política de base: mostrar à juventude que a política faz a diferença em nossas vidas, e que por meio dela é possível resistir e lutar contra o extremismo e o discurso conservador”, avaliou Keila.
 
A presidente é uma das maiores ativistas de direitos humanos no Brasil, já conheceu quatro continentes e, em 2022, tornou-se a primeira travesti no país a receber o título de Doutora Honoris Causa, honra concedida pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).
 
Em razão das tragédias ambientais no Rio Grande do Sul, algumas entidades da região não conseguiram participar do encontro. A CNTE e as entidades demonstraram solidariedade a toda população gaúcha.
 
O encontro culminou na aprovação de atividades em alusão ao Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia, celebrado em 17 de maio, e em encaminhamentos para fortalecer a luta coletiva pelos direitos LGBT+.
Coletivo quer garantia de permanência no local trabalho livre de preconceito e discriminação (CNTE/Reprodução)
 
 
- Impulsionar a criação dos Coletivos LGBTQIA + nos sindicatos filiados.
 
- Intensificar as ações e mobilizações da campanha do 17M (17 de Maio -Dia Internacional e Nacional contra a LGBTfobia).
 
- Colaborar na organização das Conferências Municipais e Estaduais LGBTQIA+ em preparação à Conferência Nacional, em 2025
 
- Garantir assento da CNTE no Comitê Nacional de Direitos Humanos.
 
- Solicitar ao MEC a participação no Grupo de Trabalho para discutir as violências contra as pessoas LGBT+
 
- Ampliar a pauta de negociações de direitos trabalhistas para trabalhadores/as LGBT+, tais como: garantia de permanência no local trabalho livre de preconceito e discriminação.
 
Por Ezatamentchy 

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