FRA entrevistou mais de 100.000 pessoas LGBT+ dos 27 Estados-Membros da UE - Reprodução
MUNDO

Europa registra pico de violência contra LGBT+

Apontamento é da Agência da União Europeia para os Direitos Fundamentais

Ezatamentchy Publicado em 20/05/2024, às 11h13

Nos últimos anos, a violência e o assédio contra pessoas LGBT+ na Europa atingiram um "novo pico", segundo uma pesquisa divulgada no dia 14 pela agência de direitos humanos da União Europeia.
 
A Agência da União Europeia para os Direitos Fundamentais (FRA) constatou que, embora mais pessoas LGBT+ se sintam encorajadas a expressar abertamente sua identidade, a discriminação permanece elevada. Elas enfrentam "mais violência, assédio e intimidação" do que anteriormente.
Sirpa: as elevadas taxas de violência mostram uma realidade diferente
 
 
A FRA entrevistou mais de 100.000 pessoas LGBT+ dos 27 Estados-Membros da UE, além da Albânia, Macedônia do Norte e Sérvia. A pesquisa revelou que 14% dos entrevistados sofreram agressões físicas ou sexuais nos cinco anos anteriores à pesquisa de 2023, sendo as pessoas intersexuais as mais afetadas.
 
Esses dados representam um aumento de três pontos percentuais em relação a uma pesquisa similar realizada pela FRA em 2019. Os resultados são um "claro sinal de alarme", apesar de apresentarem um "paradoxo", conforme destacou a diretora da FRA, Sirpa Rautio. "Por um lado, mais pessoas estão se assumindo, mas, por outro, o assédio cotidiano, o bullying nas escolas, os crimes de ódio e as elevadas taxas de violência mostram uma realidade diferente", alertou.
 
"A maioria das pessoas LGBTQ ainda evita dar as mãos aos seus parceiros em público por medo de ataques", afirmou um comunicado que acompanha o relatório. Contudo, a agência sediada em Viena observou que a discriminação muitas vezes não é visível, com incidentes subnotificados.
 
O bullying nas escolas piorou drasticamente, com mais de dois em cada três entrevistados afirmando terem sido vítimas, um aumento significativo em comparação com um em cada dois em 2019.
 
Na Hungria, onde os direitos LGBT+ têm sido questionados nos últimos anos, apenas 3% dos entrevistados acreditam que seu governo "combate o preconceito e a intolerância" contra eles, a menor percentagem na UE, comparada a uma média de 26% no bloco.
 
Para combater de forma mais eficaz as campanhas de ódio e desinformação contra pessoas LGBT+, a FRA apelou aos Estados-Membros que "abordem o risco de distorção nos algoritmos e garantam a responsabilização das plataformas digitais de acordo com a legislação da UE".
 
 
Por Ezatamentchy 

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