Feminização facial: Especialista explica sobre técnica destinada às mulheres trans - Divulgação
Feminização facial

Feminização facial: Especialista explica sobre técnica destinada às mulheres trans

Linn da Quebrada e Jessica Alves foram algumas personalidades a se submeterem ao procedimento

Máxima Digital Publicado em 04/10/2022, às 14h00

Com o avanço das pautas voltadas à diversidade, felizmente muitas mulheres trans têm ganhado destaque na mídia. Grandes nomes hoje são reconhecidos publicamente por meio de seus talentos e trabalhos, como a premiada MJ Rodriguez que venceu recentemente o globo de ouro; Laverne Cox, primeira atriz trans a estampar a capa da renomada revista Time; e Jamie Clayton, ativista dos direitos trans que fez sucesso interpretando a Nomi Marks na série Sense 8.

No entanto, algumas mulheres possuem questões relacionadas à sua aparência. Outras, sofrem do que chamamos de disforia de gênero, que ocorre quando a pessoa apresenta angústia ou dificuldade de funcionamento relativo a um sentimento persistente de que o sexo de nascimento não corresponde ao sentimento de pertencer ao sexo oposto, que neste caso é conhecido como identidade de gênero. Por essas e outras razões, elas recorrem às cirurgias de afirmação de gênero. O cirurgião Umberto Tozzi explicou como funciona o procedimento que existe há 40 anos.

O procedimento é procurado por mulheres trans que desejam realmente uma feminização facial, ou seja, buscam um profissional que permita deixar os traços do seu rosto mais finos.

De acordo com o cirurgião, existe uma dezena de procedimentos que possibilitam esse efeito na face da paciente. Entre eles, é possível suavizar o contorno da testa (condrolaringoplastia) e têmporas, ressaltar os olhos para que as sobrancelhas fiquem mais arqueadas, alterar o contorno do nariz (rinoplastia), e projetar as maças do rosto e dos lábios (lifting labial).

"Poucos sabem, mas através dessa cirurgia nós conseguimos, inclusive, reduzir o pomo de adão que é uma forte característica masculina”, explicou.

Ele ainda falou sobre o tabu do procedimento na categoria: “Ainda existe um tabu muito grande entre os médicos sobre essa cirurgia”.

Umberto ainda explicou que o tratamento pode ser realizado em até cinco vezes: “Em alguns casos, nós precisamos dividir o procedimento em algumas etapas. Há mulheres que fazem uma ou duas cirurgias, enquanto outras chegam a fazer o tratamento em até cinco partes. Por isso, é importante uma pré-avaliação minuciosa, e, é claro, recomendar que a paciente continue o tratamento sendo acompanhada por um médico especializado”.

Vale lembrar que, apesar de a cirurgia ser direcionada ao rosto, existem procedimentos que afetam outras partes do corpo. Por esse motivo, ela requer a necessidade de ser assistida por outros profissionais além do cirurgião plástico.

“Nós também atuamos com o endocrinologista para trabalhar a questão hormonal e foniatras porque o procedimento depende do tratamento da voz, principalmente em caso da cirurgia com o foco no pomo-de-adão que é uma saliência do osso hióide. Ele fica junto à laringe e é um dos órgãos envolvidos no processo da fala.", disse.

Após as intervenções, a paciente apresenta alguns edemas faciais, hematomas durante o pós-operatório e inchaços locais. Mas, segundo o especialista, isso é comum em qualquer cirurgia.

"Geralmente as mulheres se sentem muito satisfeitas com os resultados, trazem segurança e elevam a autoestima das pacientes. É gratificante vê-las agradecendo pelo trabalho realizamos comprometidos sempre com a saúde e segurança dessas mulheres", finalizou o cirurgião.

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