"Reforma agrária e luta contra a LGBTfobia têm tudo a ver. Sem LGBT não há revolução." - Leonardo Sá/Reprodução
SUSTENTABILIDADE

Manifesto LGBTQIA+ em Vitória planta mudas de Pau-Brasil

Ação reuniu diversos grupos para simbolizar união e luta por um mundo mais justo

Ezatamentchy Publicado em 31/07/2024, às 12h41

No domingo (28), o Manifesto LGBTQIA+ percorreu as ruas de Vitória (ES), partindo da Vila Rubim em direção ao Sambão do Povo, com um ato simbólico de plantio de três mudas de Pau Brasil. A ação envolveu indígenas, membros da comunidade queer, militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e outros grupos historicamente excluídos. O tema central do evento foi "População LGBTQIA+ na Luta por Justiça Ambiental".

O Pau Brasil, árvore símbolo do país, foi escolhido para representar a união e a resistência desses grupos. Diego Herzog, presidente da Associação Grupo Orgulho Liberdade e Dignidade (Gold), organizadora do Manifesto, destacou a importância do ato: "É representativo hoje ver pessoas historicamente excluídas em nosso país plantando essa árvore."

Entre os participantes do plantio estava Samanta Terena, uma mulher trans indígena do Mato Grosso do Sul. Ela ressaltou a relação dos povos indígenas com a natureza: "Nós, povos indígenas, temos uma relação de cuidado com a natureza, somos seus guardiões."

O evento também marcou o encerramento do 1º Encontro Estadual dos LGBTs do Campo, das Águas e das Florestas, organizado pelo Coletivo LGBT do MST. Eric Oliveira, coordenador do coletivo, falou sobre a interseção das pautas agrária e LGBT+: "Reforma agrária e luta contra a LGBTfobia têm tudo a ver. Sem LGBT não há revolução."
Pau Brasil, árvore símbolo do país, foi escolhido para representar a união

Além das questões ambientais e LGBT+, o Manifesto abordou outras causas sociais, como a luta do Movimento Negro, representado por Isaias Santana, que carregou as bandeiras da Palestina e da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq). Ele destacou a conexão entre essas lutas: "O povo da Palestina é de luta, assim como a comunidade LGBTQIA+ e a população negra."

O evento culminou em apresentações culturais de artistas capixabas no Sambão do Povo. A Gold organizou barracas de comida e bebida de moradores da região para minimizar o impacto local. Todo o lixo produzido foi destinado à reciclagem pela Rede de Economia Solidária dos Catadores Unidos do Espírito Santo (Reunes).

Por Ezatamentchy 

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