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Redesignação Sexual

Os aspectos psicológicos de um paciente que faz a cirurgia de Redesignação Sexual

A psicóloga, terapeuta clínica e palestrante, Luana Couto falou sobre os aspectos psicológicos de paciente que faz a cirurgia de Redesignação Sexual

Máxima Digital Publicado em 13/09/2023, às 17h00

O processo de redesignação sexual envolve, além de mudanças físicas, uma série de transformações emocionais.

A psicóloga, terapeuta clínica e palestrante, Luana Couto falou sobre os aspectos psicológicos de paciente que faz a cirurgia de Redesignação Sexual.

"Considerando a Saúde Mental, tanto a cirurgia de redesignação sexual, quanto demais procedimentos para alteração hormonal são válidos e relevantes para o ampliar a qualidade de vida e a autoestima de uma pessoa transgênero. Para que as mudanças sejam bem sucedidas, o ideal é que cada passo seja dado dentro do ritmo do paciente, considerando suas necessidades e a viabilidade dos procedimentos.", disse a especialista.

A psicóloga listou algumas recomendações: "Selecionar, refinar e fortalecer a rede de relacionamento / apoio, de forma a compartilhar e contar com o acolhimento de pessoas que de fato tenham respeito e responsabilidade emocional com o paciente.".

"Contar com o acompanhamento de profissionais da saúde (médicos, psicólogos, etc) para que a pessoa consiga de fato construir a visão desejada de si, isolada de expectativas ou pressões externas, bem como ter suporte técnico especializado ao longo de seu processo de transformação.", disse.

A especialista orientou: "Considerar a progressão dos procedimentos (principalmente hormonais), de forma a evitar decisões não reversíveis, principalmente na adolescência. A parte do cérebro (Córtex pré-frontal) responsável pela regulação das emoções, análise de risco, controle da impulsividade e visão de longo prazo, etc., amadurece entre os 3-4 anos até os 25. Isso quer dizer que, neste período de tempo, a chance de decisões serem tomadas sem avaliações cautelosas é muito maior e, no futuro, ações irreversíveis podem gerar ainda mais impactos na saúde mental.".

"Fortalecer a autoestima com uma visão realista de forças e pontos vulneráveis, construindo estratégias para se proteger de julgamentos e comportamentos externos. Mudanças muito bruscas sem que a autoestima esteja fortalecida podem gerar impactos emocionais danosos.", falou.

A psicóloga finalizou: "O apoio da família e dos amigos é um dos fatores que, na presença, gera mais conforto, segurança e tranquilidade para o paciente e, na ausência, pode ser devastador, principalmente quando inclui agressões e rejeição. Para suporte, o conhecimento é um excelente 'remédio' e pode ajudar para que todos se guiem de forma confiável, além de, é claro, poderem amadurecer e elaborar todas as mudanças na relação com o paciente".

 
Luana Couto

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