Sandy Stone, a primeira trans no Hall da Fama Nacional Feminino dos EUA

No dia 5 de março, Sandy Stone fez história ao se tornar a primeira mulher trans assumida a ser introduzida no Hall da Fama Nacional Feminino dos EUA. O evento foi descrito por Sandy como “super emocionante” e “emocionalmente carregado”. Em entrevista ao site inglês PinkNews, ela destacou a importância de poder “dizer algo que pode significar algo para muitas pessoas”.

Apesar do momento de celebração, Sandy reconheceu a difícil realidade enfrentada por muitas pessoas trans. “Aqui estou eu no palco comemorando, enquanto há pessoas sendo perseguidas e mortas por serem trans, vivendo em medo perpétuo”, disse ela. Em seu discurso, Sandy equilibrou a comemoração com uma mensagem de apoio às pessoas trans que enfrentam perseguição e rejeição.

Sandy pediu às suas “irmãs” trans que “se sentem perdidas em um mundo vasto e hostil” que “falassem como se estivessem falando [com] sua comunidade”, assegurando que a comunidade as encontrará.

Sandy Stone é acadêmica, teórica de mídia, autora e artista, com raízes na Olivia Records, um lendário coletivo de música queer e importante organização feminista da década de 1970. Seu papel de destaque a tornou alvo de ativistas anti-trans, como a feminista lésbica Janice Raymond, autora de "The Transsexual Empire". No livro, Raymond questionou a legitimidade da identidade transgênero, alegando que era uma tentativa de “colonizar a identificação feminista, a cultura, a política e a sexualidade”.

Por Ezatamentchy