"Não é uma escolha de estilo de vida, é quem eu sou" - Reprodução/Instagram
PARALIMPÍADAS

Velocista trans representará Itália nas Paralimpíadas de Paris 2024

Valentina Petrillo, de 50 anos, competirá nas provas T12 para atletas com deficiência visual, enfrentando críticas e defendendo inclusão

Ezatamentchy Publicado em 13/08/2024, às 09h38

A velocista italiana Valentina Petrillo, de 50 anos, foi selecionada para representar a Itália no Paraatletismo nas Paralimpíadas de Paris 2024, uma conquista para o movimento LGBTQIA+. Petrillo competirá nas categorias femininas T12, destinadas a atletas com deficiência visual, em provas de 200 e 400 metros. Sua participação nas Paralimpíadas marca um momento histórico para pessoas queer, já que ela é a primeira mulher trans a competir nos Jogos.

Em resposta às críticas sobre sua participação em categorias femininas, Petrillo declarou à BBC Sport que sua inclusão no evento é um símbolo importante de diversidade e aceitação. "Não é uma escolha de estilo de vida, é quem eu sou", afirmou. Ela defendeu que, assim como raça, religião e ideologia política, identidade de gênero não deve ser motivo de discriminação.

 


Petrillo iniciou sua transição de gênero em janeiro de 2019, quando começou a terapia de reposição hormonal. Desde então, sua jornada como atleta transgênero tem gerado debates no mundo esportivo. Em 2021, mais de 30 atletas assinaram uma petição contra a participação de Petrillo em competições femininas, enviada à Federação Italiana de Atletismo e aos ministérios da Igualdade de Oportunidades e Esporte.

Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), afirmou que Petrillo é bem-vinda a competir em Paris, de acordo com as políticas atuais do World Para Athletics. Ele ressaltou, no entanto, a necessidade de maior coesão entre as políticas transgênero nas diferentes organizações esportivas.

Petrillo reconhece que sua presença nas Paralimpíadas levanta questionamentos, mas acredita que apenas uma "minoria" compreende a realidade vivida por atletas transgêneros. Sua participação em Paris será um marco na luta pela inclusão e diversidade LGBT+ no esporte.

Por Ezatamentchy 

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