Nesta semana, Aline Zattar ensinou alguns hábitos que precisamos deixar de lado para colocar um fim no julgamento dos corpos
Na semana passada, falamos sobre como os gatilhos da gordofobia podem afetar crianças e adolescentes, mas nós sabemos que não só esses públicos sofrem com a opressão pelo corpo perfeito.
Infelizmente, todos nós estamos sujeitos a um apelido, a uma ajuda não solicitada, a uma crítica dissimulada. O preconceito continua latente, seja na família, na roda de amigos, no trabalho, na sociedade, no geral. E nós, enquanto corpos com curvas, precisamos pedir a todo tempo por respeito, empatia e acessibilidade, em ambientes públicos.
Ah, quem nunca escutou um 'você tem o rosto tão bonito, por que não emagrece?', que atire a primeira pedra.
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O que pouquíssimas pessoas sabem é que a sobrepeso não está ligado somente ao excesso de comida ingerida, pois muitos outros fatores podem contribuir, como a falta de sono, fatores socioeconômicos, genética, medicamentos, desequilíbrio hormonal, problemas de saúde mental e até mesmo a poluição do ar.
E é sempre importante lembrar que o corpo gordo não é público, separei três power dicas importantes para você começar hoje a combater a gordofobia.
1. Saúde, beleza e peso não devem ser confundidos
Mesmo que sejamos constantemente bombardeados pela imposição de corpos magros tidos como a perfeição, saiba que isso apenas se trata de uma abordagem preconceituosa para a venda de produtos estéticos.
O ideal é ser saudável, considerando todas as formas e tamanhos! Neste ponto é importante entender e não sermos fiscais do prato alheio.
Evite julgamentos, pois esses geram culpa e não ajudam.
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2. A perda de peso não deve ser comemorada
Sim, pois se elogiamos a perda de peso, estamos elogiando o corpo magro em depreciação do corpo gordo.
Precisamos estar atentos aos gatilhos que podem influenciar outras pessoas ao nosso redor. É importante ser acolhedor e agradável. O respeito tem muito a ver com a neutralidade, e entender que a nossa opinião em relação ao corpo de outra pessoa nem sempre é importante.
O silêncio em relação às mudanças de medidas em corpos alheios evita uma série de consequências e constrangimentos que poderiam levar a resultados drásticos.
Não podemos achar que o comentário sobre a perda de peso de uma pessoa seja recebido sempre sob a forma de um elogio.
Não sabemos se a pessoa passou ou se está passando por algum processo de bulimia ou anorexia. E qualquer comentário pode se tornar tóxico e dar vasão as angústias e dores profundas. O melhor é nos calarmos.
3. O seu corpo não é parâmetro para avaliação de outros
Sabe quando aquela tia magra chega para o almoço de domingo e fica comparando o corpo dela com os outros? Não seja essa tia chata! Ou, não abaixe a cabeça para essa tia chata. É triste como o ego de algumas pessoas possam prejudicar a existência de outras.
Lembre-se que cada caso é um caso, e até mesmo para profissionais da área de saúde não cabe julgar um paciente sem a devida avaliação médica detalhada.
Depois dessas dicas mais que potentes, entenda que você é linda, tem todo o direito a ser feliz e a magreza não está relacionada com as “vitórias de vida”.
Liberte-se de padrões arrogantes e viva a sua plenitude.
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Além de influenciadora digital, modelo, vencedora do miss plus size 2013, Aline Zattar é mãe, linda, inspiradora e é uma mulher que aprendeu a se amar, depois de tantos anos ouvindo que o seu corpo estava fora do padrão
Autoestima e amor-próprio são essenciais para uma vida saudável (mental e fisicamente falando). Por isso, e por tantos outros motivos que vocês descobrirão ao longo do tempo, Aline Zattar é colunista da Máxima Digital.
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