Veja as dicas de um especialista para melhorar o comportamento dos pequenos
2. Devem também se conscientizar de
que há uma hierarquia na relação pais-filhos, sendo que os pais estão num
patamar superior em relação aos filhos. Pode, e deve, haver amizade entre pais
e filhos, mas é preciso deixar claro que esta amizade é diferente daquela que
eles têm com seus amigos e colegas.
3. Não há como educar sem impor limites. E a colocação de
limites começa cedo, tão logo a criança começa a explorar o ambiente.
4. Os limites devem ser tão claros quanto possível, de modo a não deixar dúvidas para a criança. Ela tentará ultrapassar o limite, mas saberá direitinho qual é o limite e saberá que está testando os pais quanto à colocação do limite.
5. Não adianta querer poupar a criança da colocação de limites. Se os pais não fizerem isso, a vida real (o mundo “lá fora”) o fará, de forma muito mais dura e sem piedade.
6. Pais devem estar de acordo quanto ao limite. Se um diz “não” e o outro diz “sim”, a criança aproveita a brecha e “deita e rola”. A incoerência entre os pais é frequente quando estes são separados, uma vez que muitas vezes a criança é usada para provocar o ex-cônjuge.
7. Os limites podem variar gradualmente, conforme a idade da criança; da mesma forma, as recompensas e as punições, se o limite é cumprido ou não. Os elogios, quando a regra é cumprida, e as repreensões, quando não é cumprida, também fazem parte desse processo.
8. É importante conversar com a
criança sobre suas reações à frustração, para que ela aprenda a expressá-las de
modo verbal, e não fisicamente.
9. Se a situação começa a sair do
controle, procure logo ajuda psiquiátrica ou psicológica. Não espere, pois
quanto mais tarde é a intervenção terapêutica, mais difícil conseguir um bom
resultado.
Em uma situação de agressão já estabelecida, será
necessário também buscar ajuda especializada para uma avaliação detalhada da
criança/adolescente e da família nuclear. Em geral, já se estabeleceu uma certa
dinâmica de interação patológica entre os membros da família, o que sugere a
necessidade de intervenções não apenas para tratar a criança/adolescente
agressivo, mas para trabalhar e modificar a dinâmica familiar.