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Famosos / Despedida

Após 4 meses internado com coronavírus, morre pai de Fernanda Lima

Cleomar Lima faleceu neste sábado, 18, aos 84 anos

Máxima Digital Publicado em 19/07/2020, às 12h03

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Cleomar Lima faleceu no último sábado, 18 - Instagram
Cleomar Lima faleceu no último sábado, 18 - Instagram

Neste sábado, 18, aos 84 anos, faleceu Cleomar Lima, pai de Fernanda Lima, vítima de complicações causadas pelo coronavírus

Nas redes sociais, a apresentadora publicou um longo texto o homenageando. "Nesses quase 120 dias internado, tu provou mesmo ter fôlego de atleta. Lutou bravamente contra a Covid e depois contra todas as consequências da doença", escreveu Fernanda, relembrando os tempos em que o pai jogava basquete na juventude.

Fernanda seguiu para Porto Alegre com a família para uma despedida restrita à família. "Hoje será uma despedida íntima, mas prometo que assim que essa pandemia der uma trégua e as pessoas puderem voltar a se abraçar, eu farei um encontro muito lindo, com todos os teus amigos e familiares, pra gente rir bem alto de braços abertos, que nem tu", continuou.

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Descansa pai. Paizinho, a primeira foto que escolhi para te homenagear foi essa, pq ela sempre me impressionou pela tua garra nesse salto. Com o tempo eu fui enxergando outras virtudes: a força, a coragem, a determinação, a perseverança e a tua disciplina contida na mesma imagem. Tu foi assim no nosso cotidiano. Nesse jogo de basquete tu tinha 19 anos. Estava na batalha para vencer na vida e sair da pobreza que te acompanhou desde a Lapa no RJ de 1936, quando tu nasceu. Felizmente o basquete te salvou. Te levou pro mundo e finalmente pra Porto Alegre onde tu conheceu a mãe e onde minha história de fato começa. O basquete ficou pra trás e tua luta te levou à faculdade de Contabilidade e depois a de Direito. Acabo de saber por uma tia querida que tu levava a máquina de datilografia para a beira da praia e trabalhava enquanto todos se divertiam. Tudo pra nos dar uma vida com mais conforto. De alguma maneira essa foto me acompanhou e me deu força até o dia de hoje, quando tu resolveu descansar. Ela seguirá me guiando até o meu fim. Nesses quase 120 dias internado, tu provou mesmo ter fôlego de atleta. Lutou bravamente contra a Covid e depois contra todas as consequências da doença. Foi cruel não poder estar ao teu lado durante o processo todo. A única vez que consegui deixar minha bebê para pegar um avião e ir te visitar, tu já não estava mais na UTI. Fiquei abraçada em ti ouvindo essa musica do Cartola que tu tanto adorava. Eu chorava vendo teu olhar vago e observava tuas lágrimas escorrerem também. Espero que tenhas ouvido tudo que falei no teu ouvido. Hoje será uma despedida íntima, mas prometo que assim que essa pandemia der uma trégua e as pessoas puderem voltar a se abraçar, eu farei um encontro muito lindo, com todos os teus amigos e familiares, pra gente rir bem alto de braços abertos, que nem tu. Sim, por que a tua felicidade não cabia num sorriso. O seu corpo inteiro vibrava de alegria. Braços pra cima, abertos e balançando de euforia. Sempre. Com todos. [Continua nos comentários]

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Rodrigo Hilbert também se despediu do sogro com uma linda homenagem. "O amor que eu tinha por esse cara transcendia a relação de genro e sogro. Quando o conheci, achei que ele não tinha gostado muito de mim, que nada, era puro cuidado com a filha", escreveu. 

"Tenho certeza que ele me tinha e me cuidava como um filho e eu a ele como um pai. Lembro do dia em que olhou para o meu pé e me apelidou de Pezão. E essa era a forma que nós nos chamávamos", lembrou.

Rodrigo ainda dedicou uma parte de sua homenagem à Fernanda. "Meu amor, eu sei que seu amor por ele é insubstituível, mas pretendo tentar todos os dias, junto com os nossos filhos, cuidar e quem sabe preencher um pouquinho desse vazio que ele deixou no seu coração. Te amo Magrela."