O cantor falou sobre sua volta ao Brasil
Biel está de volta com o álbum 'Fênix' e já começou a trabalhar sua nova música.
Em uma entrevista concedida para a jornalista e colunista do jornal 'O Dia', Fábia Oliveira, o cantor reconhece que errou, diz que não conseguiu voltar a Los Angeles por conta do coronavírus e se recusou a falar sobre Duda Castro, sua ex-mulher que disse ter ficado grávida dele e feito um aborto.
Biel também fala sobre empatia e reconhece que a soberba da fama o fez tropeçar feio e cair. Agora, ele jura que está renascendo... Como 'Fênix'.
Voltou a morar no Brasil? Por quê?
Sim! O que na verdade começou com uma simples visita ao Brasil, poucos meses atrás, pra levar pra minha família a noticia de que eu finalmente tinha conseguido rescindir o contrato que eu tinha com a gravadora, acabou virando uma retomada oficial. Primeiramente fui surpreendido com o coronavírus, assim como todos nós, mas aí não pude mais voltar pra Los Angeles por conta do risco de contaminação nos aeroportos e tudo mais… aí desmarquei meu voo e coincidentemente me encontrei com o Luck Muzik… Aí o trabalho fluiu, produzimos 'Cicatriz' e outros dois singles que logo menos estarão na pista. Acabei fazendo boas conexões através do Luck, que me trouxeram uma confiança gigante pra voltar pro mercado. O útil se uniu ao agradável!
Pensa em retomar a vida nos Estados Unidos?
Sem sombra de duvidas. Minha ambição é fundar uma gravadora que ganhe notoriedade internacional.
O álbum 'Fênix' marca uma nova fase da sua vida?
Literalmente um renascimento. Eu precisei me conhecer muito rápido pra entender o que acontecia de errado. Muita gente morre sem olhar pra dentro de si. Hoje me considero muito mais 'eu' do que era no auge.
O que esperar do Biel como artista daqui pra frente?
Ser humano. Podem esperar um Biel inseguro, um Biel sensível… assim como todo ser humano. Me sentir intocável foi a mão que puxou meu tapete. Fazer o que vem do meu coração voltou a ser minha prioridade!
De tudo que você passou, conseguiu tirar uma lição?
Muitas. Muita coisa. Praticar empatia foi a maior dádiva que tudo isso me trouxe. Conseguir me colocar no lugar de outra pessoa, entender um sofrimento de uma pessoa... Isso é gigante! Eu não sei como vivia sem isso antes… Todo ser humano merece ser respeitado e considerado, independentemente de qualquer coisa.
Podemos dizer que temos um novo Biel?
Graças a Deus. Um Biel que almeja crescer como pessoa, tem isso como foco e não vai ter medo de cometer erros, mas nunca repeti-los. Quero ser instrumento de Deus na vida das pessoas, como já fui e sei que ainda sou. Trazer um sorriso pra um rosto triste é gigante, é dom!
Pensa em fazer feats no Brasil? Com quem?
Não só penso como já temos 'Cicatriz' na rua com o Luck. Viso muito expandir meus horizontes com feats. Muita gente pensa que não, mas tiro muito como referência coisas do Brasil também. Sou inspirado por artistas nacionais também…
Tem recebido apoio de algum artista nesta nova fase da carreira?
Vou falar dela porque acabou de acontecer então a gratidão não tá cabendo no meu peito! Acabei de sair do insta, eu entrei na live da Antonia Maravilhosa Fontenelle, batemos um papo de quase uma hora pra mais de 50 mil pessoas esclarecendo muitos fatos… me senti à vontade com alguém da mídia como não me sentia fazia muito tempo. Muitos parceiros se amarrando com a musica nova também, essa consideração da muita confiança pra seguir lutando.
Solteiro?
Em um relacionamento sério com meu projeto 'Fênix'!
Qual foi a pior fase da sua vida?
O futuro… Ele só me deixa ansioso e nunca me ensinou nada, muito menos tenho poder algum sobre ele. O resto? Tudo o que acontece em nossas vidas vem pra nos capacitar, nos trazer o conhecimento, a maturidade necessária pra chegar onde pedimos à Deus todos os dias.
Considera que a música 'Cicatriz' faz apologia ao uso de maconha?
Não aconselho ninguém a fumar, muito menos induzo. Por três anos na Califórnia faço o uso medicinal da maconha pra não ter que tomar remédio pra dormir ou pra comer. Ela é ilícita mas é natural, e sempre que eu tiver uma opção natural pra não tomar remédio, optarei por ela. O trocadilho foi algo que nos chamou muita atenção ao compor a obra e a maconha é algo que me traz benefícios e foi um dos artifícios que salvaram minha mãe dos seus dois canceres. Isso é comprovado medicinalmente.
Quem é o seu público hoje?
Um sentimento que venho experimentando nos últimos meses é o de, após três anos, voltar a encontrar meu público e notar o quanto minha galera cresceu! Não tem preço ainda ter do meu lado quem passou praticamente por tudo junto comigo.
Qual é a sua preocupação com a pandemia?
Que não aprendemos a real lição…
O que você tem feito na quarentena?
Planejado muito meus próximos passos e me reconectando com família e amigos íntimos… Me fez muita falta!
Já compararam a letra de 'Cicatriz' com a de 'Verdinha', de Ludmilla?
Coincidentemente não, parecia muito bem provável antes.. Mas é a primeira vez que vejo acontecendo. Viva a arte! Não somos os primeiros e não seremos os últimos.
O rótulo de playboy se encaixa ou você repudia. Por quê?
Desde cedinho sempre corri atrás dos meus sonhos pelo simples fato do meu pai ter conquistado casa própria, terras… Eu via como minha obrigação. Graças a Deus fiz aulas particulares de inglês, estudei em escola particular, aulas de musica… Mas sempre tive que fazer por merecer e nunca deixei de fazer… Por isso hoje falo o inglês que falo, tenho a formação que tenho, sou um cara de sorte. Mas nunca me acomodei. Por isso nunca curti o titulo de 'boy', ainda mais por ter crescido em vizinhança humilde e não ter tido amigos na escola… Todos estudavam em escola pública e eu só colava com a rapaziada da rua… Todos me chamavam de boy pra me zoar… Mas era verdade (risos). Levava na esportiva demais!