Sua carreira brilhante foi interrompida aos 34 anos, mas sua memória segue viva como símbolo de talento e paixão pela arte
No dia 6 de janeiro de 1994, o Brasil perdeu Claudia Magno, atriz talentosa que marcou uma geração. A manchete do jornal O Globo destacou: "Geração saúde perde sua Menina do Rio". Claudia faleceu aos 34 anos, no auge de sua carreira, enquanto interpretava a enfermeira Josefina na novela das seis, 'Sonho Meu'.
Nascida em Itaperuna, no estado do Rio de Janeiro, Claudia precisou interromper as gravações após ser internada com pneumonia. Dias depois, seu quadro se agravou, resultando em coma e, posteriormente, em morte causada por infecção respiratória e choque séptico, conforme boletim médico da clínica São Vicente, na Gávea.
Embora a causa oficial tenha sido pneumonia, surgiram especulações de que o vírus HIV estivesse envolvido. Na época, a família negou categoricamente.
Não foi Aids, foi pneumonia. Ela não foi tratada adequadamente até consultar um pneumologista. Foi internada, mas o estado de saúde se agravou", afirmou Ricardo Magno, irmão da atriz, durante o sepultamento no Cemitério São João Batista, em Botafogo.
Claudia Magno ganhou destaque no início da década de 1980 ao protagonizar o filme 'Menino do Rio', dirigido por Antônio Calmon. André De Biase, seu par romântico na produção, relembrou com emoção:
"Claudia era um modelo para a nossa geração. Nos conhecemos no pier da Barra, e fomos namorados. Guardo lembranças incríveis dos nossos passeios de jipe".
Além do cinema, Claudia brilhou na televisão. Em 1990, viveu a sedutora Silvana em Tieta, novela de enorme sucesso, atualmente reprisada no Vale a Pena Ver de Novo. Na trama estrelada por Betty Faria, contracenou com nomes como Flávio Galvão, Otávio Augusto e Claudia Alencar. Sua versatilidade também foi vista em produções como 'Fera Radical', 'Roda de Fogo' e 'Um Sonho a Mais'.
Antes de se consolidar como atriz, Claudia começou como bailarina. Apaixonada pela dança, ela estudou com grandes nomes em Nova York, como Alvin Ailey e Jo-Jo Smith, experiência que a inspirou a se profissionalizar.
Participei da linha de shows da Rede Globo e fiquei contratada por dois anos", contou em uma entrevista em 1982, ano de estreia de 'Menino do Rio'.
Apesar de sua partida precoce, Claudia Magno permanece como um símbolo de talento e dedicação. Sua trajetória artística e a imagem de 'Menina do Rio' continuam a inspirar fãs e admiradores de várias gerações, evidenciando a marca indelével que ela deixou na cultura brasileira.