A higiene íntima é um assunto essencial, mas muitas pessoas ainda têm dúvidas do que fazer; veja algumas dicas principais!
A higiene íntima desempenha um papel crucial na promoção da saúde corporal, prevenindo a proliferação de microorganismos responsáveis por irritações e infecções. Contudo, conforme evidenciado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o tema ainda enfrenta barreiras culturais e tabus, gerando incertezas e desinformação.
A higienização adequada após relações sexuais é fundamental para evitar infecções urinárias e outras complicações. A ginecologista e obstetra Laura Lúcia destaca a importância dessa prática para remover secreções de lubrificação, esperma e produtos utilizados durante o ato, como óleos ou lubrificantes artificiais.
Além dos benefícios à saúde, a médica observa que essa prática aumenta o conforto dos parceiros. Entretanto, é essencial distinguir informações verdadeiras de mitos sobre higiene íntima.
É um mito acreditar que o canal vaginal precisa ser lavado após a relação sexual. Laura Lúcia esclarece que apenas a área externa da vulva deve ser higienizada, pois o interior da vagina possui um equilíbrio natural de bactérias benéficas e pH. Lavar internamente pode perturbar esse equilíbrio.
Para mulheres sem alergias, recomenda-se o uso de sabonete íntimo aplicado nas áreas externas, como virilha e lábios vaginais. Após a aplicação, deve-se enxaguar bem e secar adequadamente.
É verdade que acessórios sexuais necessitam de limpeza rigorosa. Conforme Carolina Ambrogini, ginecologista e sexóloga, vibradores e outros brinquedos devem ser limpos após o uso para evitar odores desagradáveis e riscos de infecções futuras.
Além disso, é importante que esses objetos não sejam guardados úmidos para prevenir a proliferação de fungos. O Ministério da Saúde recomenda o uso de preservativos em acessórios eróticos para maior segurança.
Urinar após o ato sexual é uma medida eficaz na prevenção de infecções urinárias. Laura Lúcia explica que, devido à curta extensão da uretra feminina, as secreções podem ser empurradas para dentro da bexiga durante a relação, podendo causar cistite ou outras infecções.
O urologista Danilo Galante também ressalta os benefícios dessa prática para os homens, reduzindo o risco de contaminação por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Contrariando um mito comum, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) enfatiza que a higiene íntima masculina é vital na prevenção de infecções e até mesmo do câncer peniano. Raphael Franco Bezerra, urologista do Hospital e Maternidade José Martiniano de Alencar, reforça a importância de lavar bem a região genital durante o banho.
O especialista salienta que os cuidados não se restringem ao chuveiro; lavar as mãos antes do contato com o órgão genital também é crucial para evitar infecções.
Embora uma boa higiene bucal seja essencial, escovar os dentes imediatamente após o sexo não é recomendado. A infectologista Nayara Melo adverte que essa prática pode causar pequenas lesões na boca, aumentando o risco de contrair ISTs.
O ideal é evitar escovar os dentes ou usar enxaguantes bucais logo antes ou depois do sexo oral.