Saiba quais os principais fatores que podem ocasionar a doença e os ricos da complicação para a saúde dos pets
A obesidade é uma das doenças com maior ocorrência no mundo
animal. Estima-se que a incidência dessa patologia nos pets varie entre 25% a
40%, índice que serve como alerta para saúde dos melhores amigos. A Farmina Pet
Foods, empresa de origem italiana especializada no desenvolvimento de soluções
nutricionais que respeitam a natureza alimentar de cães e gatos, explica as
causas e as consequências da obesidade e dá dicas de como tratar esse problema.
As causas da obesidade
Dieta desequilibrada. Todo
alimento ingerido é transformado em energia após passar pelo processo
digestivo, e essa energia é usada pelo corpo para executar todas as funções e
atividades que o animal desempenha. Quando o consumo de energia é maior que o
gasto, o organismo guarda essa energia na forma de gordura. Além de servir como
reserva energética, a gordura tem outras funções como proteção dos órgãos
internos, isolamento térmico, transportadora e precursora de hormônios e
vitaminas, entre outros. Portanto, ter essa gordura acumulada no corpo é
normal dentro dos limites saudáveis. A obesidade se estabelece quando há um
acúmulo de gordura maior que o necessário para desempenhar essas funções.
Pode-se chamar de sobrepeso quando se tem até 15% acima do peso ótimo, e de
obesidade, quando esse excesso ultrapassa esse valor. Portanto, a principal
causa da obesidade é a alimentação desequilibrada.
Queda do gasto energético.Diversos
fatores reduzem o gasto energético:
- Idade: após um certo tempo na vida adulta (após 5-7 anos de idade), a massa
magra (músculos) vai diminuindo gradualmente, o que produz uma diminuição no
metabolismo.
- Problemas hormonais: alguns hormônios ditam o ritmo do metabolismo. Quando há
uma doença hormonal, pode ocorrer uma queda do gasto calórico.
- Predisposição genética: algumas raças apresentam uma incidência muito alta de
obesidade. Nos cães, os labradores, pugs, buldogs e goldens retriever são os
mais acometidos. Em gatos ainda não existe um consenso sobre o tema.
- Castração: a castração pode levar a uma queda do gasto calórico do animal por
questões hormonais. Em gatos essa característica é mais marcante.
- Baixa atividade física: animais que não passeiam e se movimentam pouco dentro
de casa tem mais chances de engordar. Apesar disso, vale ressaltar que não
existe exercício físico que compense uma dieta ruim, pois o aumento do gasto
calórico com exercícios não é tão grande a ponto de “ganhar” do excesso e da
qualidade baixa do alimento que o animal ingere.
Consequências da
obesidade
A obesidade traz uma série de consequências ruins para a saúde do pet. As
principais são:
- Diabetes: a obesidade induz a
uma resistência à insulina, o que resulta em uma maior dificuldade do corpo
colocar o açúcar (glicose) presente no sangue para dentro das células, a fim de
desempenhar sua função. Esse excesso contínuo de açúcar no sangue predispõe ao
desenvolvimento da diabetes.
- Problemas articulares: o
excesso de peso acaba sobrecarregando as articulações, induzindo ao
aparecimento precoce de artrites e artroses. Esse risco é ainda maior em
animais de porte grande.
- Problemas cardíacos e respiratórios: com
o excesso de peso o coração e o pulmão acabam tendo que trabalhar mais para
manter a circulação eficiente. Além disso, a gordura pode se alojar nas
artérias o que prejudica ainda mais o trabalho do músculo cardíaco.
- Risco anestésico: animais
obesos tem um maior risco de sofrer complicações durante anestesias. A gordura
dificulta a respiração do animal durante a cirurgia, e atrapalha a manipulação
do cirurgião dentro das cavidades torácica e abdominal. Além disso, animais
obesos tendem a ter uma pressão sanguínea e frequência cardíaca mais alta.
Como descobrir se seu pet está obeso
O diagnóstico certeiro da obesidade é dado apenas por um médico Veterinário.
Mas você pode analisar o seu cão ou gato para ter uma ideia se ele está ou não
obeso. Há duas maneiras:
Apalpando: ao apalpar as costelas você deve senti-las com facilidade, se
perceber uma camada grossa antes de atingi-las com as pontas dos dedos é sinal
que lá há mais gordura do que o necessário. Pode apalpar a região abdominal
também, que em animais obesos apresenta uma grande quantidade de gordura.
Visualizando: aqui a dica é olhar o animal de cima para baixo com ele na
posição de pé (conforme figura) e olhar para região da cintura. O animal no
peso ideal tem uma curvatura nessa região.
Tratamento
A principal medida é ajustar a dieta do animal e algumas perguntas devem ser
respondidas: ele come mais ração do que o indicado na embalagem? Qual a
quantidade e qualidade dos petiscos oferecidos? Ele come comida caseira? Com
essas repostas o Médico Veterinário vai instruir e corrigir os erros na
alimentação.
E lembre-se: o dono tem lá sua responsabilidade no tratamento. Cães e gatos são
animais carnívoros, portanto não devem comer pizza, pão ou biscoito em hipótese
alguma! Alimentos açucarados são ainda piores e fazem muito mal. Existem
inúmeros hábitos alimentares prejudiciais que com o passar dos anos vão
engordando o pet. A chave do emagrecimento saudável é sempre uma dieta
equilibrada!