Livro reúne oito diários escritos por Sylvia Plath em sua vida adulta, de 1950 a 1962
Considerada uma das poetas mais aclamadas do século XX, Sylvia Plath conseguiu conquistar muitos fãs ao longo dos anos, graças à sua grande sensibilidade e suas obras atemporais. Nascida em 27 de outubro de 1932, em Boston, nos Estados Unidos, Sylvia era filha de Otto e Aurelia Schober Plath, e irmã de Warren, que nasceu em 27 de abril de 1935.
Desde pequena, Plath sempre se interessou pela escrita. Aos oito anos, publicou seu primeiro poema em Winthrop, na sessão infantil de Boston Herald. No entanto, este ano não foi nada fácil para Sylvia e sua família. Uma semana e meia após o seu aniversário de oito anos, Otto Plath faleceu devido a complicações causadas por diabetes. O pai de Sylvia está enterrado no cemitério de Winthrop, onde sua lápide continua atraindo leitores de um dos poemas de maior sucesso de Plath, intitulado “Daddy”.
Sylvia começou a escrever diários e memórias aos onze anos, e manteve essa prática até o fim de sua vida. Durante o verão, após seu terceiro ano na faculdade, Plath trabalhou como editora convidada na revista “Mademoiselle” e morou por um mês na cidade de Nova Iorque, o que a deixou animada. Porém, a experiência não foi nada do que a jovem esperava, e isso a causou diversos conflitos internos. Muitos dos eventos ocorridos naquela época inspiraram o seu único romance, “A Redoma de Vidro”, escrito anos depois.
Em seu primeiro ano no Smith College, Sylvia tentou o suicídio pela primeira vez. Este episódio e outros detalhes sobre o ocorrido estão presentes no livro em forma de crônica. Após essa fase difícil, Plath foi internada em uma instituição psiquiátrica, onde passou um breve período recebendo terapia de eletrochoques. Ao se recuperar, em 1955, formou-se com louvor e, devido a sua inteligência e dedicação, ganhou uma bolsa integral na Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Lá, continuou a escrever poesias ativamente, e suas escritas começaram a chamar atenção.
Em fevereiro de 1955, na festa de lançamento da "St. Botolph's Review", em Cambridge, Sylvia conheceu pessoalmente Ted Hughes, um jovem poeta britânico. Plath já admirava o trabalho literário do rapaz e, depois do evento, afirmou em uma carta para a mãe que sentiu paixão imediata por Ted. Em 16 de junho de 1955, os dois se casaram em uma pequena cerimônia.
Plath e Hughes passaram alguns anos nos Estados Unidos, mas após a descoberta da gravidez de Sylvia, voltaram para a Inglaterra. Nesta mesma época, a primeira coletânea de poemas de Sylvia, chamada “The Colossus”, foi publicada. Tudo ia bem até que, em fevereiro de 1961, Plath sofreu um aborto. Essa fase marcou sua vida e passou a ser um dos temas principais de vários poemas da escritora. Em 1962, devido a traições do marido, o casal se separou e Sylvia se mudou para Londres com os dois filhos, Frieda e Nicholas, de três anos e um ano. No ano seguinte, Plath escreveu “A Redoma de Vidro”.
Na manhã do dia 11 de fevereiro de 1963 - uma das mais frias do ano -, Sylvia vedou completamente o quarto dos filhos com toalhas molhadas, deixou leite e pão perto de suas camas e as janelas abertas - apesar da forte nevasca. Em seguida, se suicidou ingerindo narcóticos e respirando o gás do forno, aos 30 anos. O corpo da poeta foi encontrado no dia seguinte pela enfermeira que havia contratado, Myra Norris. Ela relatou que, ao chegar ao apartamento, sentiu um forte cheiro de gás e precisou de ajuda para arrombar a porta. O quarto das crianças estava gelado e elas, com muito frio. O filho de Sylvia, Nicholas Hughes, também se suicidou em 16 de março de 2009, em consequência de uma depressão.
Com uma vida cheia de altos e baixos, Sylvia Plath foi uma mulher intensa, que sempre teve muito a dizer e ensinar. E é isso que podemos ver no livro “Os Diários de Sylvia Plath”. Essa edição da Biblioteca Azul abrange oito diários - escritos em sua vida adulta-, de 1950 a 1962, separados em ordem cronológica, além de quinze fragmentos de diários e cadernos de anotações, escritos entre 1951 e 1962, organizados também cronologicamente como apêndices.
Com 840 páginas e textos cheios de emoção e sinceridade, este livro é a escolha ideal para quem deseja conhecer o lado mais íntimo da mulher que causou grande impacto no mundo da poesia. “Minha vida, sinto, não será vivida até que haja livros e histórias que a revivam perpetuamente no tempo”, disse Plath. Dá uma olhada em um trecho inédito da obra que está disponível no site da Amazon:
“ - Para mim, o presente é para sempre, e o eterno está sempre mudando, fluindo, se dissolvendo. Este segundo é vida. E quando passa, morre. Mas você não pode recomeçar a cada novo segundo. Tem de julgar a partir do que já está morto. Como areia movediça… invencível desde o início. Uma história, uma imagem, pode reviver algo da sensação, mas não o bastante, não o bastante. Nada é real, exceto o presente, e mesmo assim já sinto o peso dos séculos a me esmagar. Uma moça, há cem anos, viveu como vivo. E ela está morta. Sou o presente, mas sei que também passarei. O momento culminante, o relâmpago fulgurante, chega e some, contínua areia movediça. E eu não quero morrer”.
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