Manter o peso sob controle é essencial para o bom funcionamento do organismo como um todo - Shutterstock

5 problemas da saúde que são mais comuns em obesos

Muito mais que uma questão de estética, manter um peso adequado é essencial para a saúde. O cirurgião plástico* Victor Sorrentino (RS) listou problemas aos quais ficamos mais vulneráveis quando engordamos demais. Confira:

Máxima Digital Publicado em 02/08/2017, às 11h00 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

1. Doenças cardiovasculares: as doenças do coração estão entre as que mais afetam os obesos, pois com o excesso de tecido adiposo branco secretando citocinas inflamatórias em grande quantidade, o tecido cardiovascular sofre diretamente. Isso pode provocar hipertrofia, que é o aumento do coração para dar conta do esforço, pode evoluir para insuficiência cardíaca e outras alterações, aumentando o risco do desenvolvimento de alterações vasculares, de infarto, de morte súbita e de AVC.

2. Diabetes: o diabetes em obesos costuma ser ocasionado pelo alto consumo de carboidratos, associado à exaustão pancreática com resistência insulínica. A doença é caracterizada pelo alto teor de glicose na corrente sanguínea e pela deficiência na produção de insulina para manter a glicemia adequada. Um sinal de alerta é o acumulo de gordura na região abdominal, além de alterações comuns como sede excessiva, excesso de vontade de urinar, sinais cutâneos e a sensação constante de fome. Algumas complicações provocadas pelo diabetes são retinopatia, obesidade, aumento no risco de câncer, infarto, entre outras.

3. Hipertensão: a pressão alta também é um problema de origem metabólica, que representa o aumento dos níveis tensionais na corrente sanguínea, o que dificulta a passagem deste líquido pelos vasos sanguíneos, exigindo que o coração trabalhe de forma acelerada e com mais potência. Aumentos nos níveis pressóricos aumentam principalmente o risco de alterações renais e AVC.

4. Problemas no fígado: o órgão é o responsável pela metabolização de macro e micronutrientes. Porém, quando é exigido em excesso, ele não consegue executar suas funções de maneira satisfatória e pode trazer consequências metabólicas. O excesso de estímulo para a hipertrofia e aumento dos adipócitos (células de gordura), provoca uma distribuição tão dificultosa destas células pelo corpo, que seu estocamento passa a ocorrer também no próprio fígado, gerando a chamada esteatose hepática não alcoólica, que favorece o surgimento de hipertensão, diabetes, fibrose e cirrose hepática não alcoólica.

5. Articulações: o excesso de peso exige mais das articulações, fazendo com que elas sofram um desgaste maior. Quando as cartilagens estão desgastadas, o atrito entre os ossos provoca dores, rigidez e inchaço, sinais evidentes de inflamação, e acaba prejudicando a mobilidade. O problema mais comum que afeta as articulações é a artrose, mas outros bastante conhecidos são "bicos de papagaio" e "esporão de galo", nomes populares do osteófíto, uma pequena saliência óssea que cresce ao redor das articulações. Quadril, joelhos, tornozelos e pés são os membros mais afetados.

** Victor também é consultor do método de emagrecimento 5S

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