O icônico cineasta conhecido por suas obras sombrias e surrealistas faleceu nesta quinta-feira, 16; enfisema foi anunciada em 2024
David Lynch, o icônico cineasta por trás de obras como “Cidade dos Sonhos” (2001) e da série “Twin Peaks”, faleceu aos 78 anos. Conhecido por suas histórias surrealistas, sombrias e com um humor peculiar, Lynch foi indicado quatro vezes ao Oscar durante sua carreira.
A causa de sua morte não foi divulgada, mas em 2024 ele havia revelado um diagnóstico de enfisema pulmonar, condição que o impediu de continuar a dirigir pessoalmente após anos de tabagismo desde a infância.
Em comunicado no Facebook, sua família expressou a perda: "Há um grande vazio no mundo agora que ele não está mais conosco. Mas, como ele diria, 'fiquem de olho na rosquinha, e não no buraco'. É um dia lindo com raios de sol dourados e céus todos azuis".
Antes de se dedicar ao cinema, Lynch considerou a carreira de pintor, área que estudou antes de se entregar à direção de curtas-metragens. Seu primeiro longa, “Eraserhead” (1977), logo ganhou status de cult.
A consagração veio com “O Homem Elefante” (1980), que recebeu oito indicações ao Oscar. Após uma tentativa frustrada com a adaptação de “Duna” (1984), ele se recuperou com o aclamado “Veludo Azul” (1986) e “Coração Selvagem” (1990), que lhe rendeu a Palma de Ouro em Cannes.
Lynch também revolucionou a televisão com “Twin Peaks”, série de mistério que se tornou um clássico. Mais tarde, ele voltou ao cinema com Cidade dos Sonhos, e sua última participação como ator foi em “Os Fabelmans” (2022), interpretando o lendário John Ford.