Capa digital da Máxima, Patrícia Poeta comemora seu aniversário de 46 anos, reflete sobre o ano intenso, pessoal e profissionalmente, que está enfrentando e dispara: “Sua melhor versão é quando você evolui espiritualmente”
MARINA PASTORELLI (@MARINNAPASTORELLI) Publicado em 19/10/2022, às 11h30 - Atualizado às 11h30
"Foi um ano bem intenso. Muitos desafios", foi com essa frase que Patrícia Poeta, capa digital da Máxima, mãe, empreendedora, jornalista, estrela das manhãs da TV Globo e aniversariante do dia iniciou nossa entrevista.
Com 22 anos de carreira, Poeta fez história na televisão brasileira e em 2022 começou a escrever um novo capítulo ao assumir o programa matinal Encontro: "Ainda teve a mudança de cidade, porque voltei a morar em São Paulo depois de 22 anos. Assumi um programa novo, com uma equipe nova, em um prédio novo… Foi tudo bem intenso!”
Ela, que já tinha comandado o programa na época de Fátima Bernardes, contou que teve um frio na barriga diferente com a nova empreitada: "Eu já tinha feito o Encontro para a Fátima, mas é diferente quando você assume".
Libriana com ascendente em capricórnio, Patrícia Poeta gosta de trabalhar e não faz questão nenhuma de ficar na zona de conforto.
“Eu adoro isso! É o que me move”, afirmou. A apresentadora, que passou a acordar às 4h da manhã para se adequar ao novo formato, ainda disse que estar em contato com histórias diferentes todos os dias, a motiva: “Fui conhecendo PESSOAS, que é uma coisa que eu amo. E nesse entretenimento que mistura com o jornalismo, você pode se divertir, mas, ao mesmo tempo, tem uma relevância. É uma mistura de que eu gosto bastante e nesse tipo de programa tenho tempo pra isso”.
Há 22 anos na mesma emissora de televisão, Patrícia Poeta já passou por diversos cargos, sempre chamando atenção. Desta vez, não tem sido diferente.
No entanto, a apresentadora, que já morou inclusive em Nova York como correspondente da Globo, se mostrou forte em relação a isso. Ainda mais, porque esse novo desafio trouxe um sentimento nostálgico à tona: ela voltou a gravar na mesma sede em que trabalhou no ano 2000, quando estreou no SPTV.
“Estou mais madura, mais experiente, porém voltando para o mesmo lugar. Trabalhando exatamente na mesma emissora, hoje entrei no mesmo switcher - que não entrava há 22 anos; também fui ver a Ana Maria esses dias no estúdio que foi meu no SPTV, quando comecei na Globo… É uma sensação nova de voltar, mas para fazer um outro programa, em um OUTRO momento de vida. É muito bom!”
O discurso repleto de afirmações positivas de Poeta é reflexo das experiências que a apresentadora vivenciou nos últimos anos.
No início de setembro de 2021, Patrícia precisou enfrentar uma cirurgia de emergência de uma condição nas amígdalas que poderia ter acometido sua vida. Na mesma época, seu filho, Felipe Poeta, estava com a mudança de país agendada.
“Quando eu acordei um dia, meu rosto estava muito inflamado, deste tamanho [ergueu as mãos para mostrar]. Se a inflamação viesse para o coração, eu morreria. Por isso, fui operada às pressas”, relembrou.
“E meu filho, nessa época, na semana da cirurgia, estava indo para os Estados Unidos estudar. Era a festa dele de despedida no dia em que eu operei e aí eu tive que segurar, não contei pra ele. Não queria preocupá-lo e não queria que ele deixasse de viajar”.
De acordo com a jornalista, uma palavra, ou melhor, um conceito que a ajudou a enfrentar tudo foi o do DESAPEGO.
Lutando para se recuperar bem, pois a doença acometeu seu instrumento de trabalho, sua voz, Patrícia Poeta precisou confiar. “Eu rezava e chorava na cama”.
Mas o caso a fez refletir sobre o estilo de vida e pensamento que vinha tendo.
“Antes, eu estava no meu piloto automático. De repente, a vida para. E sem você querer. E você não tem nada mais a fazer do que aceitar isso. Porque, não tem jeito, a gente vive achando que tudo é urgente, tudo precisa ser feito para ontem mas, no hospital, você descobre que nada é mais urgente que a sua saúde”.
E a atenção ao DESAPEGO da urgência, desapego das ocasiões ruins veio de um livro que a apresentadora leu. Nele, o autor dizia que “tudo na vida é uma questão de DESAPEGAR. Aquele momento ruim que você está passando não vai durar pra sempre. O momento bom também não. Então, você precisa estar preparado para isso. As pessoas, tão importantes na nossa vida, também não duram a vida inteira.. A partir de quando você tem essa questão do DESAPEGO dentro de você - não o material, mas o emocional mesmo -, você passa a lembrar que as coisas ruins PASSAM”.
Já quando o assunto é Felipe Poeta, a mãe-coruja abre um sorriso. Produtor musical, o jovem se mudou para Los Angeles em 2021 para estudar e, atualmente, está em Londres, fazendo curso superior.
“O Felipe tem 20 anos. Já é um homem. Tem a vida dele, tem a produtora dele de música que está sempre querendo lançar novos talentos e tem o próprio EP”, contou.
Entretanto, como mãe, ver o filho saindo de casa não foi uma tarefa fácil. “Eu fui me preparando psicologicamente dois anos antes, acho. Ainda tenho uma certa dificuldade com essa coisa de desapegar. Hoje eu já aprendi que a gente cria o filho para o mundo, mas esses dois anos que antecederam foram difíceis. Tive um tempo para me acostumar e me preparar e, mesmo assim, foi sofrido. Mas hoje, assim, lido superbem”.
E com quem a jornalista desabafa quando sente saudade do filho e precisa conversar?
Foi o que a Máxima perguntou. A resposta foi rápida: “Eu encontro todos os meses, praticamente, as mães da escola do Felipe. Essas mães viraram minhas amigas no Rio de Janeiro exatamente porque dividimos as mesmas dificuldades, mesmo tudo. E é ótimo, porque a gente percebe que o que a gente tá passando, as outras também estão. É tudo igual, só muda o endereço”.
Nesta quarta-feira, 19 de outubro, é seu aniversário. Adepta da meditação transcendental, que realiza todos os dias durante 23 minutos onde quer que esteja, Poeta destaca que, neste ano, não conseguiu espaço na agenda para viajar, como costuma fazer na data especial, para refletir sobre o novo ciclo.
No entanto, uma lição específica parece ganhar destaque este ano: autoestima e amor-próprio.
“Durante muitos anos da minha vida, pensei em fazer as coisas para os outros. E fui aprendendo também que a gente se cuidar e fazer as coisas para a gente não é egoísmo. É amor-próprio. As mulheres se sentem culpadas em vários momentos da vida que não deveriam. Durante muitos anos, desses 4.6 que estão chegando, me dediquei muito ao outro. Acho que, às vezes, tem uma culpa ali por trás, de ‘ah, se você for se cuidar, está sendo egoísta’. Pelo contrário, você pode fazer tudo junto! Pode se cuidar, pode se importar com o outro… Não se esqueça de cuidar de você. Se você não cuidar de você, quem vai?”
E finalizou: “Muito tem se falado sobre buscar a melhor versão, mas a melhor versão não é a física. Sua melhor versão é quando você evolui espiritualmente”.
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Fotos: Patrícia Canola (@patriciacanola)
Texto: Marina Pastorelli (@marinnapastorelli)
Designde Capa: Felipe Fiuza (@felipepontofiuza)
Make e Cabelo: Celso Kamura (celsokamuraoficial)
Assistente beleza: Igor Antoniassi (@igorantoniassi)
Styling: GaJu Styling (@gajustyling) Gabriel Fernandes (@gabrielfernandesbh) Julia Moraes (@dejumoraes)
Assistente de fotografia: Andre Hoff (@andrehoff) e Cláudio Meletti (@claudio.meletti)
Tratamento de imagem: Flávia Canola (@flavia.canola)
Estúdio: @studiobrooklin140
Captação de vídeo: Yuri Passarini (@og.yasp)
Assessoria de Imprensa: Junior Sousa (@comunicacaogeraloficial)
