Máxima
Busca
Facebook MáximaTwitter MáximaInstagram MáximaGoogle News Máxima
LGBT / Queer

Arte Queer: Como ela se integra na sociedade

Entenda o que traz a Arte Queer e como a Teoria Queer pode ser uma aliada no processo

Máxima Digital Publicado em 04/01/2023, às 12h30

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Arte Queer: Como ela se integra na sociedade - Divulgação
Arte Queer: Como ela se integra na sociedade - Divulgação

Você sabe o que é a Arte Queer? E a Teoria Queer? Antes de tudo, é importante pontuar que elas não são a mesma coisa. Porém, podem se encontrar durante o processo. 

Como resultado de uma forte ressaca de movimentos sociais e teóricos feitos no decorrer do século 20 - a psicanálise, marxismo e feminismo no início, e o feminismo, pós-estruturalismo e decolonialidade - a chamada Teoria Queer tem sido articulada enquanto prática e princípio que desconstrói, desnaturaliza e critica a identidade, o uso normativo do corpo, e as ficções biopolíticas modernas de raça, classe, idade, plasticidade física, etc.

Grandes expoentes dessa corrente filosófica e política são nomes como Paul B. Preciado, Judith Butler, Donna Haraway, Jota Mombaça, que articularam conceitos preciosos para pensar diversos temas que atravessam socialmente os sujeitos contemporâneos.

Vale lembrar que a Teoria Queer em hipótese alguma cria as vivências queer - essas já eram experienciadas ao redor do globo por indivíduos diversos e múltiplos. Nesse sentido, a Teoria Queer funcionaria então enquanto uma poderosa ferramenta epistemológica, uma bússola teórico-prática, para questionar as normas e hegemonias de poder, criando e articulando conceitos que cada vez mais estão presentes não só na academia, mas nos movimentos sociais e em suas bases.

Desse modo, é previsível que a Teoria Queer dialogue com a chamada Arte Queer. Faz-se então necessário levantar algumas questões: o que poderia ser chamado de Arte Queer? Quais seriam os conteúdos, sujeitos e questões levantadas pela Arte Queer? E ainda, que plataformas e redes poderiam ter interesse em suscitar Arte Queer, já que essa Arte mostraria justamente os sujeitos, corpos e discussões até então invisíveis diante da norma? De que maneira a Arte Queer ainda poderia ameaçar a norma se essa for cooptada por marcas publicitárias ou as instituições mercadológicas de maneira geral?

Essas são algumas das questões a serem abordadas no projeto O que pode a Arte Queer? Éticas e estéticas dissidentes, promovido pelo Centro de Pesquisa e Formação do SESC São Paulo e coordenado pelo filósofo Ali Prando

Dos dias 16 a 20 de janeiro de 2023, serão ministradas palestras sobre o tema com o intuito de aprofundar discussões sobre o que é a Arte Queer e como ela se integra na sociedade.

Para mais informações, acesse o site do SESC e confira detalhes do projeto.