Quinn é uma jogadora canadense e foi a primeira pessoa transgênero e não-binária na competição mundial
A Copa do Mundo Feminina 2023 gerou muita repercussão na web com pautas de lutas nas questões sociais, homofobia, igualdade de gênero e racismo.
A meio-campista canadense, Quinn, foi destaque nesses debates não apenas por seu talento no campo, mas também por sua coragem em falar sobre sua identidade de gênero.
Quinn fez história ao se tornar a primeira pessoa transgênero e não-binária a participar de uma Copa do Mundo, tanto masculina quanto feminina. A craque atuou durante os 90 minutos no empate em 0 x 0 contra a Nigéria em Melbourne.
Por mais que o resultado não tenha sido bom para o Canadá, Quinn já teve outras conquistas na carreira, como o ouro nas Olimpíadas de Tóquio em 2021.
Quinn utiliza pronomes neutros e faça sobre os termos em inglês “they/them” que costumam ser usado ao referir a ela. Na língua portuguesa, muitas pessoas adotam os termos “elu/delu”.
Em suas redes sociais, a jogadora compartilha seu dia a dia, inclusive sua cirurgia afirmativa de gênero, uma mastectomia que trouxe confiança e alívio para Quinn.
Em 2020, a atleta assumiu sua identidade não binária, marcando um momento de transformação importante em sua vida. Além de comunicar sua mudança de identidade de gênero, a jogadora afirmou que deixaria de usar seu primeiro nome, Rebecca, e usaria apenas o sobrenome, Quinn.
Em uma conversa com Toronto Star, Quinn falou: "Quero ser uma figura visível para jovens trans ou pessoas que questionam seu gênero, pessoas que exploram seu gênero".
“Existem vários atletas trans e várias pessoas trans na mídia e na política, mas acho que esses rostos não são comuns o suficiente”, disse.
Quinn tem planos de seguir na carreira esportiva e participar de importantes competições, mostrando que está apenas no começo de sua história no futebol e na luta pela igualdade de gênero.