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Alzheimer: a dor de esquecer

O mal de Alzheimer é o tema do momento - vem sendo abordado em filmes, novelas, séries... não poderia ser diferente: com as pessoas vivendo mais, os casos da doença, ainda incurável, estão aumentando. Tire todas as suas dúvidas aqui

Máxima Digital Publicado em 27/05/2015, às 15h45 - Atualizado em 22/08/2019, às 01h40

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alzheimer - Shutterstock
alzheimer - Shutterstock
O que é a doença de Alzheimer?
é um mal neurodegenerativo, decorrente da destruição progressiva e irreversível dos neurônios - as células do cérebro que processam as informações. É o tipo mais comum de demência, que leva à diminuição das funções cognitivas. Acredita-se que o surgimento esteja relacionado ao acúmulo de certas proteínas no cérebro, cujo o efeito sobre os neurônios é tóxico. Esse processo causa ainda a redução dos níveis do neurotransmissor acetilcolina, que conduz os impulsos nervosos ligados à memória e ao aprendizado. Isso explica a confusão mental que o doente apresenta", explica a geriatra Elaine Biffi (SP).

Quais são os sintomas?
Os primeiros são os lapsos de memória. A pessoa tem dificuldade de lembrar nomes e datas, esquece a panela no fogo, a chave na fechadura... Calma, esquecimentos desse tipo são normais! O problema é quando eles se tornam frequentes e afetam a rotina. "É comum um idoso apresentar respostas mais lentas. Na presença do Alzheimer, no entanto, o comprometimento interfere na capacidade de gerenciar a própria vida", diz o neurologista Ivan Okamoto (SP). 

Como é o diagnóstico?
Não há marcadores biológicos (alterações no organismo que indicam doenças) para o Alzheimer. Por isso, ele não é detectado por meio de exames. Apesar disso, testes como ressonância magnética são feitos para que o médico exclua outros problemas de saúde. "Consideramos o histórico do paciente, o lapso apresentado e quanto isso impacta o dia a dia dele. Existem ainda avaliações psicológicas que são comparadas às da população considerada normal e ajudam no diagnóstico", diz Ivan.

Existe tratamento?
Muitas pesquisas estão em andamento. Uma delas, da Universidade de Stanford (EUA), trabalha numa droga capaz de manter em operação as células do cérebro responsáveis pela limpeza de substancias tóxicas. "No entanto, os medicamentos já aprovados apenas retardam a progressão do Alzheimer, possibilitando que o paciente realize tarefas por um período de tempo maior", afirma Elaine.  Conforme a doença evolui, pode ser necessária a administração de remédios para o controle da agressividade e da falta de apetite, por exemplo. Terapia ocupacional, fisioterapia e orientação nutricional também ajudam a melhorar a qualidade de vida do doente.