A doença ainda é rodeada de mitos e informações incompletas. Saiba mais sobre o assunto
Segundo a médica patologista Luciana Salomé, diretora da SBP, “estamos falando de uma doença muito comum, mas de evolução lenta, com um período de progressão de cerca de 20 anos. Nesse cenário, temos todas as ferramentas necessárias para um potencial de cura elevado em nosso país: métodos eficientes de diagnóstico precoce e estratégias de prevenção”, afirma a médica.
Rotina de cuidados
Popularmente conhecido como Papanicolau, o exame de rastreamento do câncer do colo uterino é fácil de ser executado. "Trata-se de um instrumento extremamente importante de prevenção e de fácil coleta, já que não requer recursos técnicos sofisticados para sua realização", revela Luciana. O exame deve ser feito uma vez por ano por mulheres dos 25 aos 64 anos de idade.
“Desde novembro de 2014, uma decisão judicial entendeu que o laudo citopatológico positivo (aquele em que há alterações ou atípicas celulares) é um diagnóstico médico e, como tal, deve ser realizado por um patologista”, explica a médica.
Segundo a diretora da SBP, o patologista não é conhecido por grande parte da população, mas é uma peça-chave para o diagnóstico eficiente dessa e outras doenças: “As pessoas costumam pensar que esse tipo de laudo sai impresso e pronto de uma máquina, o que não é verdade. É um processo que envolve a atuação de um profissional altamente qualificado, que consulta as amostras coletadas minuciosamente para emitir o laudo que guiará todo o tratamento ao qual o paciente será submetido”.